terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Após a renúncia, o Papa continuará a chamar-se “Sua Santidade Bento XVI”

pe lombardi 26 02
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, realizou na manhã desta terça-feira (26), mais uma coletiva de imprensa, em que esclareceu algumas das muitas dúvidas dos jornalistas.
Uma delas é sobre como Bento XVI será chamado a partir do dia 28 de fevereiro. O diretor respondeu que continuará a chamar-se “Sua Santidade Bento XVI”, mas também será chamado “Papa Emérito” ou “Romano Pontífice Emérito”.
Sobre as vestes: branca, simples, sem mantelete. Não são mais previstas os sapatos vermelhos. “Parece que o Papa ficou muito satisfeito com os sapatos que lhe presentearam no México, em Leon”, disse padre Lombardi.
Não usará mais o anel do pecador, para o qual o Camerlengo, com o decano, darão o fim que a Constituição prevê.
Sobre o dia de hoje, o Papa a transcorrerá em oração e preparação para a transferência a Castel Gandolfo.
Para a Audiência Geral de quarta-feira, foram distribuídos 50 mil bilhetes. Prevê-se o mesmo esquema: um amplo giro com o papamóvel. Não terá lugar o “beija-mão” – este será feito após a Audiência Geral, na Sala Clementina, para algumas autoridades, como o Presidente da Eslováquia, o Presidente da região da Baviera.
Quinta-feira, às 11h, haverá a saudação aos Cardeais, com o discurso do Decano no início. Às 16h55 (hora local), a partida de carro do pátio de São Dâmaso, saudação dos superiores. No heliporto, haverá a saudação do Cardeal Decano. Às 17h15, a chegada a Castel Gandolfo, onde estarão presentes o Bispo de Albano e outros autoridades. Às 17h30, no Pátio interno o Papa saúda os fiéis – a última saudação pública do Santo Padre. Às 20h, a Guarda Suíça, fecha a porta do Palácio Apostólico, encerrando o serviço para o Papa como chefe da Igreja.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

domlorenzo25022013O atual secretário da Congregação para os Bispos, dom Lorenzo Baldisseri, que foi núncio apostólico no Brasil entre 2002 e 2012, terá uma atuação importante no Conclave que vai eleger, no próximo mês, o sucessor de Bento XVI. Como também ocupa o cargo de secretário do Colégio Cardinalício, o bispo assumirá a função de Secretário do Conclave.
De acordo com o número 46 da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, que determina como deve ser realizada a eleição do novo papa, é o Secretário do Colégio Cardinalício quem desempenha as funções de Secretário da assembleia eleitoral. O único brasileiro que ocupou esta função foi o Cardeal Lucas Moreira Neves (1979-1987). Porém, durante o seu mandato, não foi realizado nenhum Conclave.

Bento XVI deixa aos cardeais a faculdade de antecipar o Conclave

PapaBentoconclave25022013Foi publicada nesta segunda-feira, 25 de fevereiro, a Carta Apostólica de Bento XVI em forma de Motu Proprio "Normas nonnullas", sobre algumas modificações nas regras relativas à eleição do Romano Pontífice. No documento, Bento XVI faz algumas alterações nas normativas precedentes para "garantir o melhor desempenho de respeito, mesmo com ênfase diferente, da eleição do Sumo Pontífice, e de uma mais correta interpretação e aplicação de algumas disposições.
"Nenhum cardeal eleitor poderá ser excluído tanto da eleição ativa quanto da passiva por nenhum motivo ou pretexto, exceto conforme previsto nos números 40 e 75 da Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis", afirma Bento XVI. Foi estabelecido que a partir do momento em que a Sé Apostólica estiver legitimamente vacante, espera-se quinze dias para ter início o Conclave.
O Papa deixa ao Colégio Cardinalício a faculdade de antecipar o início do Conclave se consta da presença de todos os cardeais eleitores, como também a faculdade de prolongar, se existirem motivos graves, o início da eleição por alguns outros dias. Passados ao máximo vinte dias do início da Sé Vacante, todos os cardeais eleitores presentes devem proceder à eleição.
Especificam-se as normas para o sigilo do Conclave: "Todo o território da Cidade do Vaticano e também a atividade ordinária dos escritórios dentro de seu âmbito deverão ser regulados, no dito período, a fim de garantir a discrição e o desempenho livre de todas as operações ligadas à eleição do Sumo Pontífice. Em particular deverá ser previsto, com a ajuda de prelados clérigos, que ninguém se aproxime dos cardeais eleitores durante o percurso da Casa Santa Marta ao Palácio Apostólico Vaticano.
Todas as pessoas que por qualquer motivo e em qualquer tempo ficarem sabendo do que diretamente ou indiretamente concerne aos atos relativos à eleição, sobretudo em relação às cédulas na própria eleição, são obrigadas ao segredo absoluto com qualquer pessoa que não faça parte do Colégio dos Cardeais eleitores. Para esse objetivo, antes do início das eleições, eles deverão fazer juramento segundo modalidades precisas na consciência de que uma sua infiltração levará a excomunhão "latae sententiae", reservada à Sé Apostólica.
Foram abolidas as eleições por aclamação e por compromisso. A única forma reconhecida de eleição do Romano Pontífice é a de voto secreto.
"Se as votações das quais nos números 72, 73 e 74 da Constituição Apostólica Universi Dominici gregis não terão êxito, ficou estabelecido que se dedique um dia de oração, reflexão e diálogo. Nas votações sucessivas, "terão voz passiva somente os dois nomes que na votação precedente obtiveram o maior número de votos, nem poderá retirar-se da disposição que para a eleição válida, mesmo nestes votos, é exigida a maioria qualificada de pelo menos dois terços dos votos dos cardeais do presentes e votantes. Nessas votações, os dois nomes que têm voz passiva não têm voz ativa".
"Realizada canonicamente a eleição, o último dos Cardeais diáconos chama na sala da eleição o secretário do Colégio Cardinalício, o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e dois Mestres de Cerimônias; então o Cardeal Decano, ou o primeiro dos cardeais por ordem e idade, em nome de todo o Colégio dos eleitores pede o consenso do eleito com as seguintes palavras: Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice? E apenas recebido o consenso ele pergunta: Como gostaria de ser chamado? Então o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, atuando como tabelião e as tendo como testemunhas dois Mestres de Cerimônias, redige um documento sobre a aceitação do novo Papa e o nome tomado por ele".

domingo, 24 de fevereiro de 2013

II ENCONTRO DIOCESANO DE LIDERANÇA JOVEM

Nesta final de semana no Centro de Treinamento Anajás - Imperatriz, Maranhão - aconteceu o segundo encontro diocesano de liderança jovem. Participaram deste encontro representantes de vários movimentos, pastorais e grupos da Diocese de Imperatriz. Bendito seja o Nome do Senhor por mais essa iniciativa da nossa Igreja Particular de Imperatriz, organizada pelo Setor Juventude.














Bento XVI no último Angelus : “Não abandono a Igreja”

bentoxviangelus24.02.foto2“Não abandono a Igreja, pelo contrário. Continuarei a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor”: palavras de Bento XVI pronunciadas em seu último Angelus como Pontífice, neste domingo, 24 de fevereiro.
O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isso é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.
A Praça S. Pedro estava lotada este domingo para este evento histórico. Faixas e cartazes em várias línguas demonstraram o carinho dos fiéis. A Praça desde as primeiras horas da manhã aos poucos foi sendo tomada por religiosas, sacerdotes, turistas, mas principalmente por famílias com crianças e muitos jovens.
Ao meio-dia, assim que a cortina da janela de seus aposentos se abriu, Bento XVI foi aclamado pela multidão.
Comentando o Evangelho da Transfiguração do Senhor, o evangelista Lucas ressalta o fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive sobre um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João.
Meditando sobre esta passagem do Evangelho, explicou o Pontífice, podemos tirar um ensinamento muito importante. Antes de tudo, a primazia da oração, sem a qual todo o trabalho de apostolado e de caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma, aprendemos a dar o justo tempo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual. Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e de suas contradições.
A existência cristã – disse o Papa, citando sua Mensagem para a Quaresma –, consiste num contínuo subir o monte do encontro com Deus, para depois descer trazendo o amor e a força que dele derivam, a fim de servir nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus.
“Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus eu a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. O Senhor me chama a "subir o monte”, para me dedicar ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário. Se Deus me pede isso, é precisamente para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual eu fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças.”
Na saudação em várias línguas, Bento XVI falou também em português: “Queridos peregrinos de língua portuguesa que viestes rezar comigo o Angelus: obrigado pela vossa presença e todas as manifestações de afeto e solidariedade, em particular pelas orações com que me estais acompanhando nestes dias. Que o bom Deus vos cumule de todas as bênçãos”.


Fonte: Site CNBB

27ª PARÓQUIA DA DIOCESE DE IMPERATRIZ

Hoje na cidade de Açailândia - Ma, Dom Gilberto Pastana - bispo da Diocese de Imperatriz - presidiu a solene celebração de criação paroquial da Comunidade Santa Luzia do Piquiá. Conseguimos essas fotos que foram tiradas por Marcelo Cruz. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!!!































“Em oração estamos sempre juntos, sempre próximos”, disse o Papa em sua última oração do Angelus

angelus.24.02.2013Milhares de pessoas tomaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, ao meio-dia desse domingo, para ver Bento XVI aparecer na janela do Palácio Apostólico e rezar o Angelus pela última vez antes de renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro.
Como no período em que foram realizados os funerais de João Paulo II, em 2005, um forte esquema de segurança isolou a região do Vaticano para favorecer o acesso da multidão. O Papa apareceu, como sempre, entrou rapidamente e foi servido pelo recém-ordenado arcebispo Georg Gänswein e já passou à meditação, tratando nesse domingo sobre o episódio da Transfiguração (Lc 9,28-36). O Papa lembrou que essa passagem do evangelho lembra aos cristãos a necessidade da oração, especialmente nesse tempo da Quaresma.
Bento XVI considerou que a passagem se dirige a ele próprio. Deus o pede para se recolher à oração, mas isso “não significa abandonar à Igreja”. Significa, disse o Papa, que continuará a rezar e se dedicar à atividade que estará mais de acordo com sua idade e condições físicas. Depois dessa meditação, procedeu à oração do Angelus.
“Obrigado. Agradecemos a Deus pelo dia de sol!”, disse o Papa antes de iniciar as mensagens em várias línguas. Primeiro, francês e em seguida apresentou uma brevíssima mensagem em outros idiomas e terminou em italiano. Quando falou em português, o Papa agradeceu, particularmente, pela solidariedade com que as pessoas estão acompanhando esse momento da vida dele.
O Papa rezou o Angelus cerca de 380 vezes durante os últimos 8 anos. Neste domingo, bandeiras de várias países do mundo e cartazes com dizeres de apoio foram levados pelos peregrinos. Na última mensagem, uma promessa: “Em oração estamos sempre juntos, sempre próximos”.
O Papa volta a aparecer em público, pela última vez, na quarta-feira, 27 de fevereiro, na Praça de São Pedro, na Audiência Geral.

Fonte: site CNBB

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Circulam informações “que não correspondem à realidade”, diz Pe. Lombardi

20120311padre-federico-lombardiO Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, realizou mais uma coletiva na manhã deste sábado. Ele falou inicialmente do encontro, de cerca de meia-hora, de Bento XVI com o Presidente italiano, Giorgio Napolitano – “um encontro comovente e intenso”.
Em especial, o sacerdote jesuíta ressaltou o Comunicado da Secretaria de Estado sobre a qualidade da informação. “Trata-se de tomar uma posição, dar um sinal diante daquilo que está acontecendo e como a mídia está se expressando acerca dos problemas da Igreja e da Cúria Romana. É um convite a ter cuidado.”
Para o Pe. Lombardi, estamos num período delicado e circulam muitas informações diferentes, algumas extremamente negativas, “que não correspondem à realidade”. “Muitas vezes é feita uma descrição da Igreja da Cúria Romana negativa, e isso cria um sentido de confusão e de desorientação que não permite aquele clima sereno com o qual a Igreja deve se aproximar para o momento do Conclave.”
Alguns meios de comunicação, afirmou o sacerdote, divulgaram notícias inverídicas e podem exercitar pressões, colocando em condição de intranquilidade o serviço que o Colégio dos cardeais pretende e deve fazer.

Fonte:CNBB

FOTO OFICIAL DO RETIRO DO CLERO DA DIOCESE DE IMPERATRIZ




O retiro do clero da Diocese de Imperatriz teve como pregador oficial Dom Erwin Kräutler.  Nasceu na Áustria em 12 de julho de 1939; fez escola primária em Koblach (1945-1951) e Feldkirch (1951-1958). Em 1958 a 1959 ingressou na Congregação do Preciosíssimo Sangue, em Schellenberg, Principado de Liechtenstein. Em Salzburgo realizou seus estudos de Filosofia (1959-1962) e Teologia (1959-1965). Em 3 de julho de 1965, em Salzburgo, foi ordenado padre. No mesmo ano foi enviado como missionário ao Pará, no Brasil, onde seu tio Eurico Kräutler era bispo.

Atividades durante o episcopado - Dom Erwin
Foi bispo coadjutor do prelado do Xingu (1981); bispo prelado do Xingu pleno iure a partir de 1981. Foi presidente do Conselho Indigenista Missionário (1983-1991); membro da Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB, responsável pela dimensão missionária (1995-1998). Foi delegado à Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América por eleição da Assembléia da CNBB e confirmado pelo Papa João Paulo II (1997). Novamente Comissão Episcopal de Pastoral da CNBB, responsável pela dimensão missionária (1999-2003).
Dom Erwin atuou com a irmã Dorothy Stang e prossegue na mesma luta pelos direitos das comunidades camponesas e indígenas e pela preservação ambiental na região amazônica; denunciou a exploração sexual de adolescentes por políticos; denunciou a emasculação e assassinato de meninos no estado; vem denunciando a atuação de latifundiários, grileiros, madeireiros e fazendeiros com práticas de trabalho escravo e de destruição ambiental; tem aberto espaço na sua diocese para o debate sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que ameaça atingir comunidades indígenas e camponesas, mas, segundo ele, é de interesse de madeireiros e grandes empresários.
Segundo o bispo, é comum ouvir em Altamira que, enquanto ele viver, a usina não sai. Ele também acredita que há pessoas diretamente ligadas ao assassinato da irmã Dorothy que também estão envolvidos no empreendimento
Dom Erwin vem sendo ameaçado e agredido inúmeras vezes há muitos anos devido à sua atuação. Em 1987, um acidente de carro quase lhe tirou a vida suspeito numa rodovia, e provocou a morte do padre Salvatore Deiana, que o acompanhava. Suspeita-se que este acidente tenha sido forjado. Atualmente, Dom Erwin Krautler é presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) e vive sob a proteção de policiais militares do estado do Pará.
Sua atuação também foi reconhecida por diversas entidades por meio de prêmios de direitos humanos e títulos doutor honoris causa que recebeu.
Em 2007, participou da Conferência de Aparecida.
Dom Kräutler foi concelebrante da ordenação episcopal de Dom Jacinto Bergmann