sábado, 30 de novembro de 2013

FELIZ ANO NOVO LITÚRGICO!

Com as I Vésperas do I Domingo do Advento, encerramos um ano litúrgico e inauguramos o novo, o ano A.

No Evangelho deste domingo, Nosso Senhor adverte a todos que a Sua vinda será como nos dias de Noé: todos comiam e bebiam, não se importavam com os sinais de sua má conduta, até o dia que veio o dilúvio.

Que Ele nos encontre vigilantes, de lâmpadas acesas nas mãos, e nos chame para dentro.

 
© Imagem: Erick Marçal/Direto da Sacristia

Soluções justas para a Síria: Numa mensagem ao patriarca ecuménico convida a percorrer o caminho da reconciliação

Cesse toda a violência e, através do diálogo, encontrem-se soluções justas e duradouras» para um conflito que na Síria «já causou demasiados prejuízos». O novo apelo em prol da paz foi lançado pelo Papa Francisco na manhã de 30 de Novembro, durante a audiência a um grupo de fiéis da comunidade greco-melquita, recebidos na sala Clementina com o patriarca e o Sínodo da Igreja de Antioquia. O Pontífice convidou a ter confiança «na força da oração e da reconciliação», pedindo em especial o «respeito mútuo entre as várias confissões religiosas» para garantir a toda a população síria — há demasiado tempo vítima de uma «grande tribulação» — «um futuro assente nos direitos inalienáveis da pessoa, inclusive na liberdade religiosa».
A este propósito, o bispo de Roma reiterou a necessidade de não se resignar «a pensar num Médio Oriente sem cristãos». E encorajou a comunidade greco-melquita a manter firmes as suas raízes humanas e espirituais, «porque — afirmou — a Igreja inteira tem necessidade do património do Oriente cristão». O Papa retomou estes temas também na mensagem enviada ao Patriarca ecuménico Bartolomeu I, por ocasião da festa de santo André. «Estou consciente da vossa profunda preocupação pela situação dos cristãos no Médio Oriente e pelo seu direito de permanecer na própria pátria», escreveu, repetindo que «o diálogo, o perdão e a reconciliação são os únicos instrumentos possíveis para alcançar a resolução do conflito».
O Papa dirigiu um pensamento sobretudo aos cristãos que, no mundo inteiro, «experimentam a discriminação e às vezes pagam com o próprio sangue o preço da sua profissão de fé». Uma situação que impele todos os crentes em Cristo a «dar um testemunho comum», também para «salvaguardar em toda a parte o direito de manifestar publicamente a sua fé e ser tratados com equidade, quando promovem a contribuição que o Cristianismo continua a oferecer à sociedade e à cultura». 

Fonte: Site L'Osservatore Romano

Missão da Vida Religiosa e Consagrada é discutida no Congresso Americano Missionário

A Vida Religiosa e Consagrada foi tema da conferência proferida pelo brasileiro Irmão Israel José Nery, no dia 28 de novembro, terceiro dia do 4º Congresso Americano Missionário (CAM 4 - Comla 9), que acontece em Maracaibo, na Venezuela. Irmão Nery dividiu seu tempo com a teóloga colombiana Olga Consuelo Vélez, que o antecedeu com a palestra sobre a Igreja em estado permanente de missão.
O religioso da Congregação Lassalista defendeu que a missão Vida da Religiosa e Consagrada está na sua própria identidade. “A missão primeira da vida religiosa consiste essencialmente em seu ser carismático e, obviamente, não em sua atividade apostólica, em sua tarefa, por mais importante, necessária e urgente que seja”, disse.
Segundo Nery, o fundamento da vida religiosa é Jesus Cristo e deve explicitar as características próprias da vida do Cristo histórico que foi “pobre, casto, obediente, orante, comunitário, missionário, peregrino, encarnado no meio dos pobres e entregue à construção do Reino de Deus”.
O religioso recordou os conflitos que surgiram quando, inspirados no Concílio Vaticano II, muitos religiosos buscaram a vida inserida no meio popular e comprometida com a vida dos pobres. Ele cobrou o mesmo comprometimento com os pobres para os dias de hoje. “Não pode haver vida religiosa autêntica que não seja conflitiva”, observou.
Irmão Nery acentuou ainda que a Vida Religiosa e Consagrada “é essencialmente uma missão mística, simbólica e profética”. “Esta missão consiste em testemunhar, ativar e articular os valores arquetípicos de toda religião e de toda cultura”, explicou. “Estes são valores que afetam os estratos mais profundos de todo ser humano”.
O compromisso com a justiça foi outro valor da Vida Religiosa apontado pelo Irmão Nery. Isso implica, segundo o religioso, fazer a opção preferencial pelos pobres, que não pode ser esquecida pela Igreja. “Se a Igreja esqueceu a opção pelos pobres é porque já esqueceu o evangelho”, disse, citando o bispo emérito de São Felix do Araguaia (MT), dom Pedro Casaldáliga.

Igreja em estado permanente de missão

Antes do Irmão Nery, a colombiana Olga Consuelo Vélez destacou, em sua conferência, o caráter missionário da Igreja. “A Igreja não tem uma missão; a Igreja é missão”, disse. “Mas quem é a Igreja? Somos nós. Então, podemos dizer que não temos uma missão, mas temos que ser missionários”, completou.
A conferencista contou sua experiência com alguns alunos em curso à distância aos quais pediu que descrevessem com símbolos como definiam quem é a Igreja. “70% dos alunos usaram imagens do Vaticano, do papa e de padres para falar de Igreja”, disse com ar de espanto.
Segundo Olga é urgente que a missão recupere a centralidade cristológica sem deixar de ser trinitária. “A Trindade é o testemunho de que Deus é comunhão”, sublinhou.
Chamou a atenção também para a opção pelos pobres e para o protagonismo da missão. “A opção preferencial pelos pobres é essencial ao anúncio missionário. Os destinatários prioritários da missão são os pobres”, disse. Em seguida, completou: “Não somos protagonistas da missão. A missão é de Deus, que é seu protagonista”.
O Congresso, que reúne três mil participantes, realizou na tarde desta quinta-feira os fóruns que discutem 21 temas. No final da tarde, os missionários participaram de missa nas paróquias que os acolheram para hospedagem. Os brasileiros foram acolhidos pelas famílias das paróquias Nossa Senhora de Fátima e São Miguel Arcanjo.

Fonte: Site CNBB

Morre, aos 90 anos, dom Waldyr Calheiros Novaes

Faleceu na manhã deste sábado, 30 de novembro, o bispo emérito da diocese de Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ), dom Waldyr Calheiros Novaes, devido à falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado na UTI com infecção pulmonar desde o início do mês.

De acordo com as informações do chanceler diocesano, padre José Antônio Perry, o velório será na paróquia de Nossa Senhora da Conceição, no bairro Conforto, em Volta Redonda. A missa de exéquias está marcada para segunda-feira, 02 de dezembro, às 15h, e será celebrada pelo bispo de Volta Redonda, dom Francesco Biasin.
Dom Waldyr era natural de Muricy (AL). Foi bispo auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro, de 1964 a 1966, e bispo de Barra do Piraí-Volta Redonda, de 1966 a 1999. É autor do livro ‘O bispo de Volta Redonda, Memórias de Dom Waldyr’. Seu lema era: “Amém Aleluia”. Durante sua trajetória episcopal esteve envolvido com causas sociais. Foi bispo de Volta Redonda (RJ) por 34 anos, onde apoiou iniciativas de evangelização que defendiam os direitos humanos.

Fonte: Site CNBB

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Papa Francisco declara 2015 o Ano da Vida Consagrada

O anúncio foi feito pelo Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, 29, no Vaticano

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O Papa Francisco anunciou nesta sexta-feira, 29, que o ano de 2015 será dedicado à Vida Consagrada. O anúncio foi feito durante a 82ª Assembleia Geral da União dos Superiores Gerais (USG), que está sendo realizada em Roma.
Aos participantes, o Papa afirmou que a radicalidade  é pedida a todos os cristãos, mas os religiosos são chamados a seguir o Senhor de uma forma especial. “Eles são homens e mulheres que podem acordar o mundo . A vida consagrada é uma profecia”.
O encontro ocorreu nesta manhã, na Sala Sínodo, no Vaticano. Em três horas de reunião, o Pontífice respondeu às perguntas dos superiores gerais e tratou de temas referentes a Nova Evangelização.
Interrogado sobre a situação das vocações, o Papa afirmou existir Igrejas jovens que estão dando muitos frutos, e isso deve levar a repensar a inculturação do carisma. “A Igreja deve pedir perdão e olhar com muita vergonha os insucessos apostólicos por causa dos mal-entendidos neste campo, como no caso de Matteo Ricci”.
O diálogo intercultural, segundo Francisco, deve introduzir no governo de institutos religiosos pessoas de várias culturas que expressam diferentes formas de viver o carisma.
Durante o diálogo, Francisco insistiu sobre a formação, que em sua opinião, deve ser baseada em quatro pilares: espiritual, intelectual, comunitária e apostólica. “É essencial evitar todas as formas de hipocrisia e clericalismo através de um diálogo franco e aberto sobre todos os aspectos da vida.
Francisco destacou também que a formação  é uma obra artesanal e não um trabalho de políciamento. “O objetivo é formar religiosos que tenham um coração terno e não ácido como vinagre”, alertou.
Sobre a relação das Igrejas particulares com os religiosos, o Papa disse conhecer bem os problemas e conflitos. “Nós bispos, precisamos entender que as pessoas consagradas não são um material de ajuda, mas são carismas que enriquecem as dioceses”.
Ao falar sobre os desafios da missão dos consagrados, o Pontifice destacou que as prioridades permanecem as realidade de exclusão, a preferência pelos mais pobres.  Destacou também a importância da evangelização no âmbito da educação, como nas escolas e universidades.
“Transmitir conhecimento, transmitir formas de fazer e transmitir valores. Através destes pilares se transmite a fé. O educador deve estar à altura das pessoas que educa, e interrogar-se sobre como anunciar Jesus Cristo à uma geração que está mudando”.
No final do encontro, Francisco agradeceu aos superiores gerais pelo “espírito de fé e serviço” à Igreja. “Obrigado pelo testemunho e também pelas humilhações pelas quais vocês passam”, concluiu o Papa.

Fonte: Canção Nova

Para vencer o medo: A edificação da paz passa através do direito à liberdade religiosa

Os cristãos não querem impor nada a ninguém. Testemunham apenas com alegria aquilo em que crêem. Estão sempre prontos a dar o primeiro passo para ir ao encontro dos outros, sem desanimar perante medos e possíveis incompreensões. Convictos de que o futuro consiste na convivência respeitosa das diversidades e não na homologação a um pensamento único. Estão também convictos de que a edificação da paz passa através do respeito do direito à liberdade religiosa, que vale para todos.
Ao encontrar na manhã de quinta-feira 28 de Novembro os participantes na Plenária do Pontifício Conselho para o diálogo inter-religioso, o Papa Francisco sintetizou assim o seu pensamento sobre a necessidade de prosseguir o caminho do diálogo entre os homens de diferentes confissões para responder juntos a quantos continuam a procurar confinar a religião na esfera do privado ou a impedir a sua profissão recorrendo até à perseguição. E deseja que cada fiel se liberte dos medos e incompreensões gerados pelos erros do passado e, mesmo respeitando as diversidades dos outros, prossiga no caminho do diálogo «que não significa renunciar à própria identidade»

Fonte: L'Osservatore Romano

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Encontro dos seminaristas com as religiosas e religiosos













Fotos tiradas pelo Seminário da Diocese de Brejo

Cristo é o centro

O Bispo de Roma encerrou o Ano da fé venerando as relíquias atribuídas ao apóstolo Pedro

Um pensamento de afecto e de reconhecimento a Bento XVI que quis e lançou a iniciativa

Bento XVI inaugurou-o a 11 de Outubro de 2012, apresentando-o como «uma peregrinação nos desertos do homem contemporâneo»:  Francisco concluiu-o ontem, domingo 24 de Novembro de 2013, reafirmando que a meta final daquela peregrinação é «o encontro pleno com Deus». E precisamente a celebração entre dois pontificados talvez tenha sido uma das riquezas mais significativas deste Ano da fé. Não foi por acaso que o Papa Francisco, no início da homilia da missa conclusiva presidida no adro da basílica de São Pedro, mencionou o seu predecessor, «ao qual – disse – vai agora o nosso pensamento cheio de afecto e de reconhecimento por este dom que nos ofereceu».
E logo a seguir recordou um elemento que, sem dúvida, une os dois magistérios, a centralidade de Cristo: «Cristo centro da criação, Cristo centro do povo, Cristo centro da história». Uma meta reproposta ao longo do intenso ano de celebrações, que deve ser alcançado através da escuta, do encontro e do caminho, os três pilares sobre os quais aconselhou os quinhentos catecúmenos, com os quais se encontrou  na tarde de sábado, 23 de Novembro, a focalizar a sua missão de cristãos no mundo.
Também durante o Angelus dominical recitado depois da missa, o Papa Francisco não deixou de dar valor a este convite dirigindo o seu agradecimento a quantos já desempenham aquela missão pelas estradas do mundo: «O nosso pensamento agradecido   –   disse antes da oração   –   vai aos missionários que, ao longo dos séculos, anunciaram o Evangelho e espalharam a semente da fé em tantas partes do mundo».
Agradecimentos que na manhã de segunda-feira, 25 de Novembro, o Santo Padre manifestou também  aos voluntários que prestaram a sua obra durante as celebrações deste ano, definindo o seu serviço «um lindo testemunho de fé».

Fonte: L'Osservatore Romano
 

“Alegria do Evangelho”: publicada primeira exortação apostólica do papa Francisco



Foi divulgada nesta terça-feira, 26 de novembro, a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (Alegria do Evangelho), a primeira do pontificado do papa Francisco. O documento já havia sido entregue, de forma simbólica, no último domingo, durante a celebração de encerramento do ano da Fé. Hoje, o texto foi publicado na internet em vários idiomas.
A exortação fala sobre o anúncio do evangelho no mundo atual. No texto, Francisco propõe “algumas diretrizes que possam encorajar e orientar, em toda a Igreja, uma nova etapa evangelizadora, cheia de ardor e dinamismo”. O pontífice toma como base a doutrina da Constituição dogmática Lumen gentium, e aborda, entre outros pontos, a transformação da Igreja missionária, as tentações dos agentes pastorais, a preparação da homilia, a inclusão social dos pobres e as motivações espirituais para o compromisso missionário.
Dividida em cinco capítulos, o texto também recolhe a contribuição dos trabalhos do Sínodo dos Bispos, realizado no Vaticano em 2012, com o tema "A nova evangelização para a transmissão da fé". 
 
Para ler em português: http://pt.radiovaticana.va/news/2013/11/26/primeira_exorta%C3%A7%C3%A3o_apost%C3%B3lica_de_papa_francisco;_texto_na_%C3%ADntegra_de_e/bra-750057
 
Fonte: Site CNBB

Cardeal questiona a evangelização na América

O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, presidiu na noite desta terça-feira, 26, a abertura do IV Congresso Missionário Americano (CAM 4) e  IX Congresso Missionário Latino-americano (COMLA 9), em Maracaibo, na Venezuela.

O Cardeal é o enviado especial do Papa Francisco ao evento, que reúne cerca de quatro mil missionários de toda a América. O tema para as reflexões do congresso, que será encerrado no próximo domingo, 1º, é "América missionária, partilha tua fé".

Na homilia da Missa de abertura, o Cardeal Filoni manifestou o afeto do Papa Francisco aos participantes e afirmou que o Congresso é uma oportunidade para refletir, passados cinco séculos de evangelização da América, como as pessoas vivem e creem.

“Precisamos nos perguntar o que predomina nas nossas Igrejas, se é uma pastoral de conservação ou de anúncio; se é uma pastoral centralizada somente em nossas realidades americanas ou latino-americanas ou, ao contrário, aberta ao mundo”, alertou o cardeal.

Dom Filoni destacou ainda a superficialidade, muitas vezes, presente no trabalho pastoral. "Temos que nos perguntar se a nossa pastoral está atenta em colocar Cristo em primeiro lugar ou se, ao contrário, como diz o Papa Francisco, é autorreferencial, politizada, ideologizada, sem alma e formal”, disse.

Os trabalhos do congresso até o próximo domingo, estão sendo transmitidos ao vivo, via satélite, pela televisão e também na internet.

Fonte: Site Canção Nova

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

As confissões de um Pontífice


Também o Papa se confessa. A cada quinze dias. Fá-lo porque também ele «é um pecador»  e precisa de perdão. Portanto, todos «precisamos deste perdão». Mas é necessário sempre que quem o  concede em nome  da Igreja seja um irmão enviado pelo Pai «no sacramento da reconciliação». O Pontífice não hesita em  reconhecer-se «pecador» para reafirmar a profundidade do sacramento da confissão das nossas culpas. Assim, na manhã de quarta-feira, 20 de Novembro, durante a audiência geral, o Papa Francisco contou aos fiéis  na praça de São Pedro  os seus encontros com o confessor, o qual «ouve o que eu digo, aconselha-me e perdoa-me». E chamou a atenção dos presentes sobre  a figura do sacerdote que exerce um «ministério muito delicado», que lhe foi confiado directamente por Deus.
Certamente «é um pouco difícil entender como um homem  pode perdoar os pecados» reconhece o Santo Padre. Por isso, evoca o «poder das chaves», do qual a Igreja é depositária e em virtude do qual é possível «abrir ou fechar ao perdão». Por conseguinte, de nada vale dirigir-se directamente a Deus: é necessário passar sempre através do sacerdote. Mesmo que «se possa sentir vergonha em dizer os pecados» a outro homem, admite o bispo de Roma. E comenta: «Mas as nossas mães e avós já diziam que é melhor  corar  uma vez  do que empalidecer mil vezes. Coramos uma vez mas os pecados sã-nos perdoados e vamos em frente».
Depois, ao saudar os diversos grupos o Pontífice não deixou de convidar a rezar pelas vítimas da inundação que atingiu a Sardenha.  E  exortou a garantir o apoio espiritual e material às comunidades religiosas claustrais, sobretudo por ocasião do dia pro orantibus que se celebra amanhã, quinta-feira 21 de Novembro. Dirigiu também um apelo a «valorizar os inúmeros benefícios que a família oferece ao crescimento económico, social, cultural e moral da inteira comunidade humana».

Fonte: NEWS.VA (2013-11-21 L’Osservatore Romano)

Pe. Francisco Nilson visita o Seminário Bom Pastor


O Seminário Bom Pastor recebe nesses dias a visita do Pe. Francisco Nilson, vigário das Paróquias São Pedro Apóstolo (S. Pedro da Água Branca) e Nossa Senhora da Penha (Vila Nova dos Martírios). É a primeira visita do Pe. Nilson ao Seminário depois da sua ordenação presbiteral. No sábado, dia 23 de novembro, Pe. Nilson, juntamente com os Padres Francildo e Paulo Olímpio, comemora um ano de Sacerdócio. A ele a nossa gratidão pela presença entre nós!

Padre Eliezer manda notícias da Itália


Padre Eliezer nos comunicou sua alegria e contentamento por sua estada na cidade eterna de Roma, estudando História da Igreja. Em seu e-mail ele revela:

Caro Dom Gilberto,
Hoje tive a singular alegria de visitar Assis. Don Paulo, eu, Don Francis e Don Giovany fomos a Assis para rezar, celebrar a vida e a vocação nossa e deste grandíssimo Santo da Igreja. Visitamos todos os lugares importantes da vida de Francisco, e tive a alegria de celebrar a Santa Missa na Porciúncula  Pra mim foi um retiro espiritual conhecer Assis, e poder rezar nos lugares que foram frequentados por ele. Assis realmente desperta nossa fé e nos faz buscar viver mais intensamente nosso ideal de seguir a Cristo.

Roguemos ao Senhor que abençoe o Padre Eliezer, como também os membros de sua comunidade, Don Paulo, Don Francis e Don Giovany. Roguemos também que o acompanhe nos exames que agora ele será submetido neste final de semestre. 

Fonte: Blog da Diocese de Imperatriz

Pontifícia Comissão para a América Latina debate desafios da Nova Evangelização



Uma comitiva da CNBB participou, no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, no México, da peregrinação e encontro “Nossa Senhora de Guadalupe, Estrela da Nova Evangelização no Continente Americano”. O evento, promovido pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) entre os dias 16 e 19 de novembro, refletiu sobre os desafios da nova evangelização no continente.
Estavam presentes mais 300 convidados de 17 países, entre bispos, presbíteros, religiosos e leigos, além de outras 300 pessoas da arquidiocese mexicana. Integraram a comitiva da CNBB o secretário geral, dom Leonardo Steiner; o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta; o bispo de Caruaru (PE), dom Bernardino Marchió; e o bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.
Em vídeo exibido na abertura do encontro, o papa Francisco recordou a proposta do Documento de Aparecida de uma Igreja em estado permanente de missão. “A intimidade da Igreja com Jesus é uma intimidade itinerante e pressupõe sair de si mesmo e caminhar, semeando novamente e sempre até onde for possível. Logo, a Igreja não se deve fechar, mas sair das suas comunidades e ter a audácia de chegar até as periferias, que precisam da presença de Deus”, disse o pontífice.

Missão Permanente

Com o tema “Anunciar transbordando de gratidão e alegria. Principais prioridades e acentuações da Missão Continental para a Igreja no Brasil”, dom Leonardo proferiu palestra em que apresentou o projeto “O Brasil na Missão Continental”, que desde 2008 promove inúmeras iniciativas para dinamizar a missão permanente.
Entre estas iniciativas, o secretário geral destacou a realização das semanas missionárias, retiros, encontros de formação nas dioceses; a contribuição das Santas Missões Populares; a campanha “Um milhão de Bíblias”; a disseminação da “capelinha missionária”, além dos vários subsídios produzidos. Dom Leonardo recordou também a realização de seminários sobre temáticas próprias da Missão Continental.
Na palestra, dom Leonardo lembrou que a Assembleia Geral da CNBB de 2011, ao aprovar as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, confirmou a continuidade da proposta da Missão Continental, indicando cinco urgências na evangelização. “As Diretrizes têm dinamizado a ajuda às Igrejas particulares, incentivando a missão popular, a pastoral da visitação, o planejamento pastoral. Uma atenção especial vem sendo dada à realidade urbana, à pastoral ambiental e, principalmente, ao tema da paróquia missionária”, explicou o bispo.
Dom Leonardo destacou ainda que a Missão Continental tem despertado as Igrejas particulares para a missão. Desta forma, os leigos assumem o compromisso batismal de serem discípulos missionários. “As Diretrizes para Evangelização buscam expressar a Missão Continental que ajuda no processo de amadurecimento da Igreja no seu caminhar para um ‘estado permanente de missão’ em todo o Brasil”, explicou o bispo.

Missão e Ano da Fé

Durante o encontro, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, proferiu a conferência “A Missão Continental à luz do novo pontificado do papa Francisco e dos conteúdos do magistério pontifício no Ano da Fé”.  Inspirado na encíclica Lumem Fidei, ele recordou que, ao final do Ano da Fé, a Igreja deve renovar sua consciência de que o seguimento de Jesus Cristo deve ser essencialmente missionário. “A nossa missão primordial é transmitir a fé por meio do testemunho eficaz de nossa vida cristã, proporcionado ao nosso próximo, pelo contato pessoal, um encontro com Cristo”, frisou o arcebispo.

Fonte: CNBB

CONVITE - ORDENAÇÃO DIACONAL DE LAERSIO


Vídeo-convite para a Ordenação Diaconal de Laersio da Silva Machado, no dia 20 de dezembro de 2013, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Nova Imperatriz - Imperatriz/MA).

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Anúncio dos temas das três próximas Jornadas Mundiais da Juventude

Foram escolhidos pelo Santo Padre Francisco os temas das três próximas edições da Jornada Mundial da Juventude. Estes marcarão as etapas do itinerário de preparação espiritual que durante três anos conduzirá à celebração internacional com o Sucessor de Pedro prevista para Cracóvia (Polônia) em julho de 2016:

XXIX Jornada Mundial da Juventude, 2014
“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu” (Mt 5,3)

XXX Jornada Mundial da Juventude, 2015
“Felizes os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8)

XXXI Jornada Mundial da Juventude, 2016 (Cracóvia)
“Felizes os misericordiosos, porque encontrarão misericórdia” (Mt 5,7)

Os três temas, extraídos das Bem-aventuranças do Evangelho. No Rio de Janeiro, o Papa Francisco pediu aos jovens, “de todo coração”, que lessem novamente as Bem-Aventuranças para delas fazer um concreto programa de vida: “Olhe, leia as Bem-Aventuranças, que lhe farão bem!” (cf. Encontro com os jovens argentinos na Catedral de São Sebastião, 25 de julho de 2013).
 
Fonte: Rádio Vaticano

Secretários executivos dos regionais da CNBB avaliam Diretrizes da Ação Evangelizadora


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“É nossa tarefa estar a serviço dos regionais”, disse o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, na abertura do encontro com os secretários executivos dos regionais, que teve início hoje  e prossegue até amanhã, dia 6, na sede da Conferência, em Brasília. O encontro tem a finalidade de avaliar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora (DGAE) da Igreja no Brasil e discutir sobre a formação das coordenações diocesanas de pastoral.
Dom Leonardo disse que a CNBB tem refletido cada vez mais sobre a importância dos regionais e lembrou as palavras do papa Francisco no discurso proferido ao episcopado brasileiro, em julho deste ano. Segundo o papa, é preciso que haja uma “rede de ‘testemunhos’ regionais” que fale a mesma linguagem e “assegure em todos os lugares, não a unanimidade, mas a verdadeira unidade na riqueza da diversidade”.

DGAE
 
Hoje, pela manhã, os secretários executivos dos regionais estão reunidos com dom Leonardo Steiner e os assessores da CNBB para avaliar as DGAE. Os secretários partilham entre si como as diretrizes foram recepcionadas pelos regionais e dioceses e que influências têm exercido no planejamento pastoral. Além disso, avaliam, a partir das DGAE, os instrumentos ou encaminhamentos oferecidos à Igreja no Brasil.

GA
 
O encontro com os secretários executivos dos regionais acontece um dia após a reunião do Grupo de Assessores da CNBB (GA), realizada ontem, dia 04.  Na ocasião, os assessores avaliaram as atividades de 2013, discutiram o calendário do próximo ano, trataram da 52ª Assembleia Geral da CNBB, que ocorrerá em maio de 2014, entre outros assuntos.

Fonte: Site CNBB

Papa Francisco nomeia novo bispo de Crateús (CE)


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A nunciatura apostólica no Brasil divulgou na quarta-feira, 06 de novembro, que o papa Francisco nomeou monsenhor Ailton Menegussi como bispo da vacante diocese de Crateús (CE), atualmente pároco da Paróquia São Francisco, em Barra de São Francisco, no Espírito Santo.
Monsenhor Ailton nasceu em 1962, em Córrego das Flores – Nova Venécia (ES). Recebeu a ordenação presbiteral em 1998 e exerceu o ministério em diversas paróquias como pároco e vigário episcopal. Também foi reitor do Seminário Maior de Filosofia e Teologia da diocese de São Mateus (2004-2012). Atuou como coordenador diocesano do Serviço de Animação Vocacional (2007-2012), membro do Conselho de Presbíteros (2004-2012). Desde 1996, colabora com a produção da Folha de Culto Diocesano “Celebrando a Vida”. É especialista em Psicopedagogia pela Escola de Formadores de Santa Catarina.


Fonte: Site CNBB

domingo, 3 de novembro de 2013

Igreja canonizou mais de 20 mil santos, celebrados hoje

Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já foram canonizados pela Igreja ao longo destes mais de dois mil anos de história. Para todos eles, os católicos dedicam um dia especial a fim de celebrá-los e pedir a intercessão. Trata-se da Solenidade de Todos os Santos vivenciada pela Igreja Católica nesta sexta-feira, 1º de novembro.

(Felipe Aquino foi intitulado Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno pelo Papa Bento XVI, é autor de vários livros e apresentador na TVCN.)


De acordo com o professor de História da Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI, na Diocese de Lorena, Felipe Aquino, a data tem origem a partir da festa pagã celta de nome "Halloween", oriunda da região da Irlanda, Escócia e Inglaterra. Segundo ele, os celtas acreditavam, dentro do paganismo, que no dia 31 de outubro - para eles, último dia do ano - os espíritos dos mortos voltavam à terra para se alimentar e assustar as pessoas.


"A Igreja, quando evangelizou a Inglaterra e a Grã-Bretanha, quis substituir essa crença pagã por uma crença cristã. Então passou a celebrar, ao invés da festa pagã, o Dia de Todos Santos, em 1º de novembro", explica.

A crença nos santos

O professor relata que a Igreja escolheu esta data especial para lembrar os inúmeros fiéis que, segundo a fé católica, já habitam as regiões celestes, mas que ainda estão no anonimato perante o cenário de homens e mulheres canonizados.  

“Há muitos que estão no céu e a Igreja não sabe nem o nome”, disse o professor Felipe. "Quantos foram martirizados no anonimato... Então, como a Igreja gosta de celebrar a festa de cada santo no calendário do ano, inclusive estes que não sabe o nome, ela celebra neste dia", explicou.  

A importância dada aos santos tem sua razão na fé que os católicos depositam na intercessão destas pessoas que viveram o Evangelho com fidelidade e se tornaram, por graça de Deus, modelo para os outros cristãos.

“A Igreja sabe que os santos intercedem por nós sem cessar diante de Deus. Quando você invoca os santos ou presta um culto de louvor a um santo, você, na verdade, presta um culto de louvor a Deus”, ressaltou o professor.

Embora muitos ainda considerem a devoção aos santos como idolatria, o professor afirma que o culto nunca é prestado diretamente ao santo, mas a Deus, através dos santos. "A pessoa é santa por graça e obra de Deus. Então, o santo vai interceder por nós diante de Deus. Este é o sentido profundo", afirmou.

Uso de imagens

O Concílio de Niceia II, no ano 787, disse que as imagens dos santos devem ser colocadas nas paredes, nas alfaias litúrgicas, nas ruas, nas casas.

"Isso porque a imagem de um santo representa aquele que está no Céu. Se olharmos para uma imagem de Nossa Senhora precisamos lembrar que ela é um modelo a ser seguido. Esta é a primeira finalidade do culto aos santos: eles são modelos, porque viveram de acordo com a vontade de Deus. Então eu posso me inspirar neles para também viver a vontade de Deus”, esclareceu o professor Felipe Aquino.

Fonte: Site Canção Nova

Francisco lembrou que Deus é Pai e não há nada que possa tirar de Sua memória e coração os filhos que Ele criou



Papa fala da misericórdia de Deus: "nada tira seus filhos do seu coração"
No Angelus deste domingo, 3, Papa Francisco refletiu sobre o trecho do Evangelho segundo São Lucas, que narra a conversão de Zaqueu. A partir desse exemplo, o Santo Padre destacou a misericórdia infinita de Deus, que jamais se esquece de seus filhos e está sempre disposto a perdoar.

Lembrando que Zaqueu era o chefe dos cobradores de impostos na época, Francisco explicou que a visita de Jesus à casa de Zaqueu gerou polêmica. As pessoas se perguntavam como Jesus poderia hospedar-se em casa de pecador. Nesse ponto, o Santo Padre lembrou que Deus jamais esquece nenhum de seus filhos, mesmo que marcados pelo pecado.
“Não há pecado ou crime de gênero algum que possa anular na memória e no coração de Deus um filho sequer. Deus recorda sempre, não esquece nenhum daqueles que criou. Ele é Pai, sempre à espera, vigilante e amoroso”.
Assim sendo, o Pontífice disse que se alguém tem algum peso na consciência não precisa se desesperar, mas sim lembrar-se que Deus está sempre à espera de seus filhos. Ele convidou, então, todos os fiéis a deixarem-se chamar por Deus, como aconteceu com Zaqueu.
“Deixemos que Jesus nos chame pelo nosso nome! No fundo do coração, escutemos sua voz que nos diz: ‘Hoje devo parar na sua casa’, que quer dizer na sua vida. E vamos recebê-Lo com alegria: Ele pode transformar nosso coração de pedra em coração de carne, pode livrar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida um dom de amor”.

I Encontro da Igreja Católica na Amazônia.


Carta da Igreja Católica na Amazônia na Legal
“Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras” (Lc 24,32)
Irmãs e irmãos,

Reunidos no Primeiro Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal em Manaus, entre os dias 28 e 31 de outubro de 2013, nós, bispos, presbíteros, religiosas e religiosos, agentes de pastoral leigas e leigos queremos partilhar com vocês as reflexões e análises sobre a situação atual da nossa região e as respostas que como pastores pretendemos dar aos desafios de nossos tempos. Agradecemos a Deus pelas maravilhas que Deus operou entre nós e nossos irmãos e irmãs que por seu compromisso profético testemunharam sua fé, muitas vezes até as últimas consequências (cf. Jo 13,1) dispostos a “dar não somente o Evangelho, mas até a própria vida” (1 Tes 2,8). Ao nos prepararmos para celebrar os 400 anos do início da evangelização na Amazônia assumimos a missão que o Senhor nos propõe de sermos suas testemunhas, discípulas/os, missionárias/os de sua Palavra, pois a Igreja é “enviada por Cristo a manifestar e a comunicar a todos os homens e mulheres e a todos os povos o amor de Deus” (AG 10).
 “Cristo aponta para a Amazônia” (Papa Paulo VI): memória da caminhada
Mesmo antes da criação da Amazônia Legal em 1953, a Igreja católica na Amazônia se reunia através dos seus bispos para posicionar-se pastoralmente diante dos problemas sofridos pelos povos desta região e enfrentar os grandes desafios que se anunciavam pelas intervenções políticas e econômicas.
“Se o governo vai tentar o soerguimento econômico destas regiões, é urgente que um largo surto espiritual se antecipe aos progressos materiais, e os acompanhe, e os envolva, dando-lhes rumo seguro e feliz”. (1º Encontro inter-regional dos Bispos da Amazônia, Manaus 2 a 6 de julho de 1952, Documento final).
 Mesmo sem ter todas as condições necessárias, seja pela precariedade de instalações e meios, seja pela falta de pessoal qualificado para enfrentar os novos problemas, a Igreja amazônica nunca desanimou de sua missão. Sempre contou com missionárias e missionários vindos de outras regiões do Brasil e do mundo que vivendo a mística do amor e do serviço, deram tudo de si para que povos da Amazônia não só recebessem a orientação adequada para sua vivência de fé, mas tivessem respeitados seus direitos, sua dignidade e plena cidadania e suas tradições e culturas.
“...em nossas prelazias e dioceses existem sinais de alegria e esperança, próprias de uma Igreja que, mesmo tendo muitas dificuldades, está viva e responde com coragem aos desafios que se lhe apresentam”. (Discípulos missionários na Amazônia, Manaus, 11 a 13 de setembro de 2007).
 Ao longo de seis décadas desde o primeiro encontro dos bispos em Manaus a Igreja tem demonstrado sua vitalidade e posicionamento profético e solidário. Em Santarém 1972 decidiu basear sua ação pastoral e evangelizadora em duas diretrizes: (1) a Encarnação na realidade, pelo conhecimento e pela convivência, na simplicidade, e (2) a Evangelização Libertadora. Armou sua tenda no meio do povo de tal modo que apareceu um rosto eclesial bem amazônico na diversidade sociocultural, na defesa do lar que Deus criou para toda a humanidade e na promoção da Vida em todas as suas dimensões, sobretudo quando é ameaçada pelos impactos causados por um equivocado conceito de progresso que confunde desenvolvimento com crescimento meramente econômico, multiplicação de riqueza material, incremento do PIB, expansão do agronegócio, aumento de produção de biocombustíveis e se descuida de políticas públicas e deixa de promover a justiça e o bem-estar de todos e para todos.
A Igreja na Amazônia adotou e incorporou as novas orientações eclesiológicas e pastorais vindas do Concílio Vaticano II, de Medellin e Puebla, Santo Domingo e Aparecida e buscou evangelizar a partir de uma visão mais ampla e profunda da vida e da realidade amazônicas. Assumiu a mística e espiritualidade do seguimento de Jesus Cristo, uma pastoral e uma missionariedade dentro da realidade local. Centenas de milhares de irmãs e irmãos leigos e religiosos, presbíteros e bispos embrenharam nas matas, navegaram rio abaixo rio acima, viajaram pelas estradas desse mundo desigual, levando a Palavra de Deus, fundando e organizando as comunidades eclesiais, vivas e participativas, proféticas e missionárias, numa grande rede de solidariedade que as fez enfrentar as precariedades existenciais, manter viva a chama de sua fé e sua esperança e valorizar sobretudo sua religiosidade popular expressada nas festas religiosas, em novenas e procissões.
 “E porque progredimos na compreensão de sermos uma Igreja no mundo,
amando o mundo amazônico, temos a certeza que estamos dando à sociedade amazônica
nossa contribuição histórica de alta qualidade para o resgate das dívidas sociais
tão pesadas neste Norte do Brasil”
(A Igreja arma sua tenda na Amazônia,
Manaus, 9 a 18 de setembro de 1997).

Esta ação evangelizadora favoreceu o crescimento de uma Igreja mais local, ministerial e laical e missionária. Ao celebrar os 40 anos desde o Documento de Santarém, a Igreja na Amazônia manifesta a continuidade de sua caminhada como discípula missionária do Reino e enfrenta corajosamente velhos e novos desafios:
 “Diante dos desafios sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e eclesiais
da realidade amazônica, decidimos fortalecer o compromisso profético de transformação
e reafirmar o projeto de formação inspirado na espiritualidade do seguimento de
Jesus, que convoca a Igreja para uma profunda conversão pastoral”
(DAp, 170-175; 360-365, citado em
“Conclusões de Santarém: memória e compromisso, 2012”).

As palavras do Papa Francisco aos Bispos do Brasil por ocasião da Jornada Mundial da Juventude dão nos novo impulso para refletirmos sobre a realidade politica e religiosa da Amazônia Legal e promover e defender a vida dos habitantes dessa região e de sua rica biodiversidade. Cala fundo em nosso coração a expressão do Papa que a Amazônia é “teste decisivo, banco de prova para a Igreja e a sociedade brasileiras” (Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013). Essas palavras incentivam-nos a retomar as intuições de Santarém 1972 e Manaus 1974 e dar-nos conta da atualidade as prioridades de então: formação de agendes de pastoral – comunidades cristãs de base – pastoral indígena – grandes projetos – juventude. 

Primeiro encontro da Igreja Católica na Amazônia
“A Igreja que está na Amazônia não como aqueles que têm as malas na mão,
para partir depois de terem explorado tudo o que perderam.
Desde o início a Igreja está presente na Amazônia com missionários,
congregações religiosas, sacerdotes, leigos e bispos e lá continua presente
e determinante no futuro daquela área”
(Papa Francisco aos Bispos do Brasil, Rio de Janeiro, 27 de julho de 2013).

Plenamente conscientes de que muito ainda falta realizar em nossa missão evangelizadora, conforme nos pede o Senhor da História (cf. Col 1,13 – 20) novamente nos encontramos em Manaus, desta vez com a participação de todos os regionais da CNBB que integram a Amazônia Legal (Norte I, II e III, Noroeste, Nordeste 5 e Oeste II). Sabemos que temos um mesmo caminho a palmilhar. Lembramo-nos de que Jesus mesmo é o Caminho. Ele caminha conosco como o fez com os discípulos de Emaús. “Não ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as Escrituras” (Lc 24,32) exclamaram. E Jesus não foi adiante, mas “entrou para ficar” (Lc 24,29). Assim Jesus está na Amazônia para ficar. E o reconhecemos ao partir o pão.
Neste caminho comum damo-nos também conta de que são comuns os problemas e desafios que nos interpelam. Confiando em Jesus presente no meio de nós queremos formar uma ampla rede integradora de nossas ações pastorais e evangelizadoras  e convocar os irmãos e as irmãs a empenhar-se em favor de um mundo justo, fraterno e solidário. Queremos convocar também mulheres e homens que não professam a nossa fé ou se afastaram de nossa Igreja a irmanar-se conosco na defesa da dignidade e dos direitos humanos dos povos da Amazônia e da criação que Deus em sua bondade e imenso amor confiou ao seu zelo e seus cuidados (cf. Gn 1,18).
 Refletimos nestes dias sobre problemas que continuam a atingir e causar danos e ameaças à vida e à existência de pessoas e povos e do meio ambiente na Amazônia. Ajudados por estudiosos e especialistas e ouvindo pessoas que sentem na pele os dramas causados por políticas de dominação em total desrespeito aos legítimos anseios e necessidades dos povos desta região analisamos e discutimos a realidade urbana e a mobilidade humana que tantos sofrimentos tem causado aos povos amazônidas como o desenraizamento da terra e a perda do patrimônio cultural e religioso próprio e comum aos povos tradicionais e dos que vem de outras regiões; verificamos um acentuado crescimento das igrejas evangélicas e dos sem-religião também na Amazônia como consequência da precária presença de nossa Igreja nos movimentos migratórios;fomos informados a respeito dos grandes projetos implementados na região, especialmente as hidrelétricas, que representam uma nova invasão do capital visando explorar as nossas riquezas naturais e aproveitar o potencial energético de nosso rios, sem olhar para os prejuízos que causam ao meio-ambiente com sua imensa biodiversidade e a destruição da vida e da história de muitos povos tradicionais; existem outras alternativas energéticas como por exemplo a energia eólica, solar, de biomassa;o desmatamento contínuo e novamente crescente das florestas amazônicas nos assusta a todos pelos prejuízos incomensuráveis e ameaça o equilíbrio ecológico do planeta;frente ao contínuo desmatamento, à concentração da terra e às monoculturas percebemos a urgência da realização da Reforma Agrária e Agrícola;constatamos ainda o crime impune da prática do trabalho escravo que ocorre nas empresas do agronegócio e nas áreas de mineração; ficamos horrorizados ante o criminoso tráfico de pessoas e drogas o assassinato de jovens, sustentado pela ganância, miséria e impunidade; ouvimos ainda os relatos de um representante dos povos indígenas e de um quilombola falando de suas organizações, lutas e conquistas, alertando-nos para os graves riscos de perderem através da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 215) direitos conquistados em relação à demarcação e garantia de seus territórios asseguradas nos Art. 231 e 232 da Constituição Federal de 5 de outubro de 1988; lembramos ainda que o Art. 68 das Disposições Transitórias da Constituição Federal reconhece aos remanescentes dos quilombos a propriedade definitiva de suas terras, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.
Enfim, constatamos que o domínio de um sistema único de mercado, o individualismo típico da cultura/sociedade de hoje e a violência urbana destroem os laços e as relações tradicionais: a família, a natureza, o mundo dos povos indígenas, dos caboclos, seringueiros, agricultores, ribeirinhos. Tudo é desagregado e desestruturado e essa realidade provoca uma crise da esperança, pois rouba os sonhos, as aspirações, desorganiza as lutas, abre espaços para messianismos políticos e religiosos ou para um milenarismo alienante e vazio de sentido.
 Esses problemas atingem também as necessidades subjetivas dos fiéis, sua busca de Deus e sua noção de vinculação com a Igreja. Sentimos a necessidade cada vez maior de valorizar a religiosidade do povo e ampliar o diálogo ecumênico e inter-religioso.

Compromissos
Os enormes desafios apresentados nos relatos nos interpelam como Igreja na Amazônia Legal a assumir compromissos pastorais que nortearão a caminhada de nossa Igreja no presente e no futuro:
Reafirmamos nossa identidade de ser Igreja discípula da Palavra, testemunha do dialogo, servidora e defensora da vida, irmã da criação, missionária e ministerial, que assume a vida do povo, que se articula na Paróquia como rede de comunidades e nas comunidades eclesiais de base (cf. Encontro de Santarém 2012, p. 19).
Causa-nos uma profunda dor ver milhares de nossas comunidades excluídas da eucaristia dominical. A maioria delas só têm a graça de celebrar o Memorial da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor uma, duas ou três vezes ao ano. O Senhor, na véspera de sua morte, não deu apenas um bom conselho, mas um mandato explícito: “Fazei isto em minha memória” (1 Cor 11,24; Lc 22,19). O Decreto “Presbyterorum Ordinis” declara que a Eucaristia é fonte e ao mesmo tempo ápice de toda a Evangelização (cf. PO 5). “Nenhuma comunidade cristã se edifica sem ter a sua raiz e o seu centro na celebração da santíssima Eucaristia, a partir da qual, portanto, deve começar toda a educação do espírito comunitário” (PO 6). Também a Constituição Dogmática Lumen Gentium fala da Eucaristia como “fonte” e “ponto culminante de todas a vida cristã” (LG 11). Torna-se necessário criar estruturas para que os 70% de comunidades que hoje estão excluídos da celebração eucarística dominical, possam participar da “fração do pão” (At 1,42), do “sacramento da piedade, sinal de unidade, vínculo da caridade, banquete pascal” (SC 47).  
A cultura urbana transforma profundamente a compreensão do papel dos leigos e da mulher na Igreja. Na sociedade civil, eles vivenciam processos de empoderamento social quando se exercitam na construção de uma sociedade que preserve os direitos sociais e coletivos. Praticas  e relações cotidianas exigem hoje, no interior das pastorais, modelos eclesiais assentados em relações recíprocas, mais do que no complemento, no diálogo horizontal em lugar de imposições verticais, na profunda experiência de serviço em lugar das lutas pelo poder.
O protagonismo dos leigos é insubstituível e imprescindível, na ação transformadora da realidade em que vivem, marcada pela exclusão e pela violência. O campo específico da missão dos leigos/as é o das realidades onde vivem e trabalham. É o mundo da família, do trabalho, da cultura, da política, do lazer, da arte, da comunicação, da universidade.  É nos diversos níveis e instituições, nos Conselhos de Direitos, em campanhas e outras iniciativas que busquem efetivar a convivência pacífica, no fortalecimento da sociedade civil e do controle social. É na formação de pensadores e pessoas que estejam nos níveis de decisão, evangelizando com especial atenção e empenho. (cf. EN 70)
A corresponsabilidade e participação dos Leigos e Leigas, como sujeitos, com vez e voz, deve acontecer na elaboração e execução dos planejamentos pastorais, nos centros de discussão e decisão das Igrejas Particulares.
“Urge formar ministérios adequados às necessidades das comunidades, especialmente do Ministério do Pastoreio de comunidades, exercido por leigas e leigos que sejam servos e servas do povo, abertos ao diálogo e ao trabalho em equipe, e que, devidamente preparados assumam em nome da Igreja a direção pastoral de uma comunidade” (Doc.  Manaus 1997, n. 47).
Almejamos investir na formação de presbíteros e dos irmãos e irmãs de vida consagrada – autóctones e os que chegam – para que sejam despojados, simples, não busquem a autopromoção, que sejam missionários e vivam em maior sintonia e contato com as comunidades e saibam trabalhar em equipe com os/as leigos/as evitando centralismo, clericalização e autoritarismo.
Comprometemo-nos em dar visibilidade ao tráfico de pessoas para enfrentar esses crimes hediondos contra a liberdade e dignidade da pessoa humana. Apostamos na Campanha da Fraternidade de 2014 que tem como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”.
Precisamos investir mais nos meios de comunicação, pois sabemos da sua importância para a Evangelização.
Conscientes de que a problemática da Amazônia é global, queremos abrir-nos a uma visão panamazônica que nos convoca a buscar caminhos de colaboração e compromisso entre as Igrejas na América Latina.
Queremos dar atenção especial aos jovens, através do apoio e incentivo à Pastoral da Juventude; estimulando as dioceses e congregações religiosas a liberar presbíteros e religiosas para acompanhar os jovens; sejam oferecidos cursos de formação de assessores, preparando-os para este serviço à juventude na Amazônia.
 Uma Igreja com rosto amazônico
A Igreja Católica na Amazônia Legal vive e cresce com características próprias, enraizadas na sabedoria tradicional e na religiosidade popular que durante muito tempo alimentou e continua a manter viva a espiritualidade dos povos da floresta e das águas e agora do mundo urbano. Enfrenta com alegria as dificuldades das distâncias e da falta de comunicação para encontrar e oferecer ao rebanho que nos foi confiado pelo Senhor da messe a luz da Palavra de Deus e a Eucaristia como alimentos que revigoram e animam as forças para viver a comunhão com Deus e cuidar da Amazônia como chão da partilha, pátria solidária, “morada de povos irmãos e casa dos pobres” (DAp 8).
A carinhosa devoção à Nossa Senhora de Nazaré, Rainha da Amazônia, nos leve a todos a cumprir o que ela nos pede: “Fazei o que Ele vos disser!” (Jo 2,5).