domingo, 30 de março de 2014

Reunião com todos os seminaristas e reitor encerra visita canônica 2014.1

Nossos agradecimentos ao nosso bispo diocesano que conviveu durante uma semana conosco em nossa Casa de Formação. Fazemos nossa as palavras do reitor Pe. Ivanildo que a presença do bispo alegra, anima e fortalece nossa caminhada vocacional. Na sexta-feira no inicio da noite tivemos uma reunião geral, onde nosso bispo, repassou as pautas da primeira reunião do Conselho Diocesano de Pastoral. Após a reunião tivemos uma pequena confraternização. Obrigado Dom Gilberto!!!




Santa Missa e bênção do Santíssimo presididas por Dom Gilberto

Na ultima quinta-feira aqui no Seminário Bom Pastor a Santa Missa foi presidida pelo nosso bispo Dom Gilberto Pastana que estava em visita canônica em nosso Seminário Bom Pastor e participando de diversas atividades ligadas ao Regional NE5 da CNBB.





Igrejas tocarão os sinos no dia da canonização do beato Anchieta

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) convoca todas as Igrejas do país para que toquem os sinos, no dia 2 de abril, às 9 horas da manhã, por ocasião da canonização do beato José de Anchieta.

Em carta, enviada aos bispos, o bispo auxiliar de Brasília e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, explica que será um "gesto de alegria, gratidão e comunhão por estar inscrito entre os santos, o Apóstolo do Brasil".
Durante a 52ª Assembleia Geral da CNBB, que acontecerá em Aparecida (SP), será celebrada missa em ação de graças pela canonização do beato, no dia 4 de maio, às 8h, no Santuário Nacional de Aparecida.

Celebrações por onde Anchieta passou

O arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer, convidou o clero da arquidiocese para acolher a canonização com manifestações de "júbilo e ação de graças a Deus", pedindo que os sinos toquem, todos juntos, às 14h, por cinco minutos, ao menos. No domingo, dia 6, haverá procissão saindo do Pátio do Colégio, às 10h15, em direção à Catedral da Sé, onde será celebrada missa solene às 11h.
Em Salvador (BA), o arcebispo local e primaz do Brasil, dom Murilo Krieger, celebrará uma missa, às 18h, na Catedral Basílica.
Na arquidiocese de Vitória do Espírito Santo (ES) haverá missa na catedral metropolitana, às 18h do dia 2, presidida pelo arcebispo local, dom Luiz Mancilha Vilela. Às 20h, a comunidade Shalom apresenta o musical “Anchieta para todas as tribos”. No domingo, dia 6, duas missas estão marcadas. Às 9h30, na paróquia Beato José de Anchieta, em Serra (ES), e às 16h, no pátio do Santuário de Anchieta (ES).
O arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, presidirá uma missa em ação de graças na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no dia 2 de abril, às 18h.

 História do Apóstolo do Brasil1

O padre José de Anchieta nasceu em 19 de março de 1534, nas ilhas Canárias, Espanha. Seu primeiro contato com os jesuítas foi quando estudava filosofia na universidade de Coimbra, Portugal. Em 1551, Anchieta entrou na Companhia de Jesus.
A missão no Brasil começou em 1553, quando, ainda noviço, aos 19 anos, desembarcou em Salvador (BA) para trabalhar com padre Manuel da Nóbrega e outros missionários.
A fundação da cidade de São Paulo está relacionada à primeira missa celebrada na missão de Piratininga, em 25 de janeiro de 1554, festa litúrgica da Conversão do apóstolo São Paulo. Ali, os jesuítas fundaram um colégio, o primeiro da Companhia de Jesus na América Latina.
Outros elementos são marcantes na história do beato José de Anchieta, no Brasil. Ele ensinou a língua portuguesa aos filhos de índios e de portugueses; aprendeu a língua indígena; escreveu gramática, catecismo, peças de teatro e hinos na língua dos índios, além de outras obras em português, latim, tupi e guarani; participou de negociações de paz em conflitos entre índios e portugueses; fundou outro colégio no Rio de Janeiro, no qual foi reitor; foi responsável por outras missões; provincial dos jesuítas no Brasil; e escreveu muitos relatos sobre a missão e particularidades da terra e do povo brasileiros.
José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597, em Reritiba, cidade fundada por ele no Espírito Santo que futuramente recebeu o nome de Anchieta.
O título de “Apóstolo do Brasil” foi dado pelo prelado do Rio de Janeiro, dom Bartolomeu Simões Pereira, durante a homilia do funeral.

1História baseada no artigo “Quem foi Pe. José de Anchieta?” de autoria do arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Pedro Scherer.

Fonte: Site CNBB

Papa Francisco propõe Dia do Perdão

O Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização convida as dioceses de todo o mundo para um gesto de comunhão com o papa Francisco, que propôs “24 horas para o Senhor”, o Dia do Perdão.
 Na oração do Ângelus do domingo, 23, o papa disse que o momento será penitencial, tendo início hoje, 28, com missa na Basílica de São Pedro, às 17h (horário do Vaticano). “Será uma festa do perdão, que terá lugar também em muitas dioceses e paróquias do mundo”, disse Francisco no Ângelus.


Confissões
Durante a noite, algumas igrejas do centro de Roma serão abertas para a oração e a atendimento de confissões. O papa confessará alguns fiéis, após presidir a celebração penitencial.
O dia dedicado ao Sacramento da Reconciliação também terá a presença de confessores em três igrejas do Centro Histórico de Roma, a partir das 20 horas: Sant’Agnese in Agone, Santa Maria in Trastevere e Igreja dos Santos Estigmas, com Adoração Eucarística, durante a noite.
O Dia do Perdão será concluído no sábado, 29, com a celebração das Vésperas do IV Domingo da Quaresma, presidida por dom Rino Fisichella, na igreja do Santo Espírito, em Sassia.

Fonte: News.va/CNBB

Papa nomeia dom Mol membro do Pontifício Conselho para a Cultura

O bispo auxiliar da arquidiocese de Belo Horizonte (MG) e reitor da Pontíficia Universidade Católica de Minas Gerais, dom Joaquim Mol, foi nomeado pelo papa Francisco, neste sábado, dia 29 de março, membro do Pontifício Conselho para a Cultura, que atua no diálogo da Igreja com a cultura em proximidade com os valores do Evangelho.
 Dom Mol preside, na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a  Educação. É também membro do Conselho Episcopal Pastoral e do Conselho Permanente da Conferência. Faz parte da diretoria das Edições da CNBB e preside  a Comissão para a Reforma Política. É membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião do Brasil. Atualmente,  integra o Conselho Curador da Fundação João Paulo II e a Fundação Mariana Resende Costa, do Conselho Consultivo da Sociedade Mineira de Cultura.

Fonte: Assessoria de Comunicação da arquidiocese de Belo Horizonte (MG).

Papa nomeia dom Jaime como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada


O arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler, foi nomeado no dia 26, pelo papa Francisco, como membro da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Francisco confirmou como presidente do dicastério o cardeal brasileiro, dom João Braz de Aviz. Dom Jaime Spengler tem sua origem vocacional na Ordem dos Frades Menores, OFM. É o sétimo arcebispo metropolitano de Porto Alegre. Na CNBB, o arcebispo é membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB Nacional.
 
Fonte: com informações da assessoria de imprensa da arquidiocese de Porto Alegre

quinta-feira, 27 de março de 2014

Legião de Maria reconhecida pela Santa Sé como 'associação internacional de fiéis'

Cidade do Vaticano (RV) – O Secretário do Pontifício Conselho para os Leigos, Dom Josef Clemens, entregou na manhã desta quinta-feira, 27 de março, na sede do Dicastério vaticano, o decreto no qual a Legião de Maria é reconhecida como ‘associação internacional de fiéis’ e por meio do qual são aprovados os estatudos desta realidade eclesial.

Nascida em 1921 em Dublin, na Irlanda, por iniciativa de um grupo de poucas pessoas guiadas por Frank Duff, funcionário do Ministério das Finanças e após Secretário particular do Ministério da Defesa irlandês, esta histórica associação viu, nos seus 93 anos de história, uma capilar difusão no mundo.

Através da formação de milhares de grupos em todos os continentes, difundiu-se a identidade própria da Legio Mariae, fortemente radicada na espiritualidade mariana e na entrega ao Espírito Santo. O movimento propõe aos próprios membros como objetivos prioritários, a própria santificação e a participação na missão evangelizadora da Igreja por meio de empenho em tantos apostolados a serviço dos pobres e dos sofredores e daqueles que estão afastados da fé.

Na mensagem, Dom Clemens sublinhou que a Legio Mariae é um sinal tangível de como o espírito missionário dos leigos, “muitas vezes vivido junto aos compromissos cotidianos na família e nos locais de trabalho, pode caminhar junto com uma profunda compreensão do chamado à santidade recebido por meio do Batismo”.

“Toda a história da Legião de Maria – disse Dom Clemens – é um maravilhoso testemunho de fé: fé na onipotência de Deus, fé na força da oração a Maria”. Mostra como “as orações a Maria pronunciadas com fé tem sempre obtido respostas”. “Desde seu humilde início, a Legião de Maria – recordou – foi um vivo testemunho do quanto Deus pode operar através de corações humildes”.

“Em 1921 Frank Duff teve a intuição de formar uma ordem espiritual de servos devotos a Virgem, levando Maria ao mundo e por meio dela o mundo a Jesus. Foi uma verdadeira intuição profética”, conclui o Secretário do Pontifício Conselho para os Leigos. (JE)

quarta-feira, 26 de março de 2014

Parabéns Pe. Ivanildo Oliveira

Ontem, solenidade da Anunciação do Senhor, o nosso reitor Pe. Ivanildo Oliveira celebrou mais um ano de vida. Nossa Casa de Formação louva e bendiz a Deus por sua vida e vocação! Parabéns...

Na noite de ontem, Dom Gilberto Pastana - bispo de Imperatriz - Presidiu a Santa Missa que fora concelebrada pelo aniversariante e pelo Pe. Paulo Roberto. Participou também da celebração a mãe do Pe. Ivan, dona Maria e parentes. Pe. Francisco Lima ficou na parte da filmagem da celebração...














Nomeado bispo para Cornélio Procópio (PR)


O papa Francisco acolheu o pedido de renúncia apresentado por dom Getúlio Teixeira Guimarães, em conformidade com o cânon 401.1 do Código de Direito Canônico, e nomeou hoje, 26, como bispo da diocese de Cornélio Procópio (PR), dom Manoel João Francisco, transferindo-o da sede episcopal de Chapecó (SC).

Trajetória
Dom Manoel João Francisco é natural de Machados, Itajaí (SC). Recebeu a ordenação presbiteral em 8 de dezembro de 1973, em Navegantes (SC). Foi nomeado bispo em 28 de outubro de 1998. É bispo de Chapecó desde 21 de fevereiro de 1999.
Entre 2003 e 2007, foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB. Também atuou como referencial da Pastoral Indígena e da Liturgia no regional Sul 4 (Santa Catarina). Em 2011, foi eleito presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic)

Fonte: Site CNBB 

Pastoral da Comunicação do Maranhão realiza encontro de formação regional.



A Pastoral da Comunicação do Regional NE 5 da CNBB Maranhão, realizou nos dias 21 a 23 de março, um encontro de Formação que teve como tema: “A importância dos meios de comunicação alternativos, como transformação social”. Este ano, o encontro aconteceu na Diocese de Imperatriz, e participaram comunicadores de várias dioceses.No primeiro dia de formação, foi feito um estudo sobre o que é a Pastoral da Comunicação e o porquê da importância da mesma em nossas dioceses, paróquias e comunidades. Também foi feita uma troca de experiências, onde cada líder da Pascom pôde falar sobre os trabalhos desenvolvidos pela pastoral nas diferentes realidades do regional. Dom Gilberto Pastana Oliveira, bispo de Imperatriz e presidente do Regional NE 5 da CNBB, destacou que “a formação para os comunicadores das dioceses é de fundamental importância para a comunhão das igrejas no regional”. O bispo ressaltou ainda, a importância da troca de experiências das dioceses nos trabalhos desenvolvidos pela Pascom nos diversos meios de comunicação como na internet, TV, e também nas rádios. Tanto no rádio tradicional como na Rádio Web. Dom Gilberto destacou que “há diversas maneiras de fazer com que o evangelho chegue às pessoas, e que o importante, é ele chegar com toda a verdade, com toda a libertação que a palavra de Deus causa em nossas vidas”.

Um dos assessores do encontro este ano, foi o Adalberto Franklin, um dos primeiros articuladores da Pastoral da Comunicação do Maranhão na década de 80, quando foram iniciadas as primeiras tentativas de implantação da PASCOM no então Regional Nordeste 4, que compreendia os estados Piauí e Maranhão. Atualmente é professor, historiador, escritor e autor de vários livros de história regional. A palestra foi bastante participada pelos presentes, que puderam refletir a sua postura enquanto PASCOM em meio a uma infinidade de idéias e informações que todos os dias são apresentadas como “verdades”.

Quem também colaborou com a formação dos comunicadores, foi o Juiz Eleitoral Marlon Reis. O mesmo abriu um debate sobre a urgência da Reforma Política por iniciativa popular, e falou ainda sobre como os meios de comunicação social e alternativos podem estar contribuindo para esse marco na história do Brasil. O Juiz destacou que, “não consegue imaginar outra forma de fazer mudança, se não juntos com as instituições da sociedade como, por exemplo, a Igreja com esse veículo que é a Pascom, através dos meios de comunicação alternativos levando adiante a mensagem da Boa Nova na política, que é tentar fazer com que os comportamentos mudem”. O mesmo ressaltou ainda que, “não basta mudar a legislação, porque muito mais importante que qualquer lei é a formação ética e cristã das pessoas”.

Um dos objetivos da Pascom no Regional é animar e articular a Pascom nas 12 Dioceses, fomentando nas pessoas o desejo pela comunicação. E durante todo o encontro foi lembrado a importância de se ter uma boa comunicação interna entre os agentes da Pascom, para que os trabalhos fiquem mais articulados no regional. O encontro foi uma ocasião para troca de experiências e um momento propício para definição de estratégias.
 
Fonte: Blog da Diocese de Imperatriz

segunda-feira, 24 de março de 2014

A visita do pastor!

O bispo da Diocese de Imperatriz e presidente do Regional da CNBB NE5 - Dom Gilberto Pastana de Oliveira, chegou na madrugada desta segunda-feira (24/03) à capital do Estado para um serie de atividades: Visita Canônica ao Seminário Maior Bom Pastor; Reunião com os Coordenadores de Pastoral das 12 dioceses que formam o Regional NE5 da CNBB; Reunião do Conselho Episcopal de Pastoral - CEP do Regional NE5. 
No inicio da noite, na Capela do Seminário Bom Pastor, presidiu a celebração da Santa Missa que fora concelebrada pelos padres: Ivanildo Oliveira - Reitor do Seminário; Francisco Lima - Coordenador de Pastoral da Diocese de Imperatriz; e Paulo Roberto - Pároco da Paróquia de São Sebastião (Açailândia) e professor do IESMA. Roguemos a Deus pelos trabalhos desta semana que ora iniciamos... 








 

Papa faz reflexão sobre encontro de Jesus com a Samaritana


Mais de 40 mil fiéis acompanharam a oração mariana do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano, no domingo, 23. O papa Francisco trouxe como tema de reflexão a passagem do Evangelho que retrata o encontro de Jesus com a Samaritana junto ao poço em Sicar.
Francisco observou que o pedido de Jesus à Samaritana – “Dá-me de beber“ - supera todas as barreiras de hostilidade entre judeus e samaritanos e rompe os esquemas de preconceito em relação às mulheres.
“O simples pedido de Jesus é o início de um diálogo sincero, mediante o qual Ele, com grande delicadeza, entra no mundo interior de uma pessoa à qual, segundo os esquemas sociais, não deveria nem mesmo dirigir uma palavra. Jesus se coloca no lugar dela, não a julgando, mas  fazendo sentir-se considerada, reconhecida, e suscitando assim nela o desejo de ir além da rotina cotidiana”, disse.
O papa explicou que ao pedir água à Samaritana, Jesus queria “abrir-lhe o coração”, “colocar em evidência a sede que havia nela”. “A sede de Jesus não era tanto de água, mas de encontrar uma alma sequiosa”, afirmou o papa.
A passagem do Evangelho conta que os discípulos ficaram maravilhados com o Mestre, pois tinha falado com aquela mulher. Mas, “o Senhor é maior do que os preconceitos. E isto devemos aprender bem” – exortou Francisco -, pois a misericórdia é maior do que os preconceitos”. Segundo o papa, o resultado do encontro junto ao poço foi o de uma mulher transformada. 
“Deixou o seu jarro com o qual ia buscar água e correu à cidade para contar a sua experiência extraordinária. ‘Encontrei um homem que me disse todas as coisas que eu fiz. Era o Messias? Estava entusiasmada. Foi buscar água no poço e encontrou uma outra água, a água viva da misericórdia que jorra para a vida eterna. Encontrou a água que sempre procurou! Corre ao vilarejo, aquele vilarejo que a julgava, a condenava e a rejeitava, e anuncia que encontrou o Messias: alguém que mudou a sua vida. Pois cada encontro com Jesus nos muda a vida, sempre. É um passo em frente, um passo mais próximo a Deus”, acrescentou.
“Encontramos também nós o estímulo para ‘deixar o nosso jarro’, símbolo de tudo aquilo que aparentemente é importante, mas que perde valor diante do ‘amor de Deus’, e todos temos um, ou mais de um jarro", ressaltou Francisco.   
“Eu pergunto a vocês e também a mim: ‘Qual é o teu jarro interior, aquele que te pesa, aquele que te afasta de Deus? Deixemo-lo um pouco de lado e com o coração escutemos a voz de Jesus que nos oferece uma outra água, uma outra água que nos aproxima do Senhor”, disse.
De acordo com Francisco, todos são chamados a redescobrir a importância e o sentido da vida cristã, iniciada no Batismo, e a testemunhar como a Samaritana, "a alegria do encontro com Jesus e as maravilhas que o seu amor realiza".
Ao final do Angelus, o papa Francisco recordou o Dia Mundial da Tuberculose celebrado nesta segunda-feira, 24, e pediu orações por todas as pessoas atingidas pela doença e por todos que de alguma maneira se ocupam delas.

Fonte: Site CNBB

Mudança de hábito

Aumenta o número de profissionais com carreira consolidada e ótimos salários, como médicos, dentistas e sociólogos, que abandonam tudo para se tornar padres

Rodrigo Cardoso (rcardoso@istoe.com.br)
O paraense Renato Sarmento cresceu cultivando o sonho de se formar em medicina. Primogênito de três filhos de um comerciante e uma contabilista, só conseguiu concretizá-lo depois de tirar a sorte grande. Ele acertou a quina da Mega Sena, em 2007 e, com os R$ 18 mil do prêmio, pagou um semestre inteiro em uma faculdade privada. Mais adiante, conseguiu um financiamento estudantil para arcar com o restante do curso. Assim, pôde se tornar o primeiro médico da família. Empregado em dois postos de saúde e num hospital público em sua cidade natal, Paragominas, o rapaz tinha carro, um salário de R$ 17 mil e namorava. Sua carreira ia tão bem que conseguiu um estágio no departamento de neurocirurgia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Mas Sarmento não se achava pleno. “Sentia uma inquietação, um vazio”, diz ele, sentado no banco de um seminário católico, na capital paulista, seu novo endereço desde o mês passado. 

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OPÇÃO
O médico Sarmento terminou com a namorada, trocou um salário de R$ 17 mil
e uma carreira promissora para encarar nove anos de estudos e se tornar padre

Sarmento abandonou a carreira, terminou o namoro, abriu mão dos bens materiais e é, hoje, aos 25 anos, um dos 17 seminaristas matriculados no curso de propedêutica do seminário Nossa Senhora da Assunção. Seu novo sonho é ser padre. Foi na capital paulista, no silêncio da Catedral da Sé, em meados de 2013, que ele sentiu esse chamado, logo anunciado ao pároco local. De volta ao Pará, conheceu um padre que se tornou uma espécie de mentor espiritual até sua mudança definitiva para o seminário. Histórias como a do jovem paraense são cada vez mais frequentes. Reitores das casas diocesanas apontam para um aumento do número de seminaristas que, já com uma faculdade no currículo, optam por abandonar suas profissões para dar ouvidos ao chamado de Deus.

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MUDANÇA
Schwaab era repórter de jornal até o ano passado.
Hoje é requisitado para entrevistar sacerdotes

Além do médico, no seminário paulista há um dentista, um psicólogo e um pós-graduado em sociologia que formam um grupo de 13 pessoas com curso superior. Em 2013, havia oito (leia quadro). “Estamos aprendendo a lidar cada vez mais com adultos que já chegam com uma considerável bagagem cultural e humana”, diz o padre Lucas Mendes, formador do seminário São José, da diocese de Porto Alegre. Nessa casa, há oito seminaristas com curso superior, sete a mais do que no ano passado. “Atualmente, o processo de maturação é lento, acontece em idades mais avançadas e isso reflete na decisão vocacional tardia.” Seminários como os de antigamente, nos quais o candidato se matriculava ainda criança, com 11, 12 anos, são cada vez mais raros no País. Poucos ainda resistem em regiões predominantemente rurais.

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CORAGEM
Passos cursou economia e ganhava R$ 12 mil como executivo comercial
de uma incorporadora. Aos 36 anos, chegou ao seminário
 
Foi logo após o Concílio Vaticano II (1962-1965), reunião de bispos do mundo inteiro que provocou profundas mudanças na Igreja Católica, que formadores vocacionais passaram a receber candidatos mais velhos. Ainda assim, naquela época em que os católicos representavam mais de 90% da população brasileira, a experiência cristã acontecia já na infância, o que influenciava vocações religiosas precoces. Atualmente, pelo fato de as famílias serem mais enxutas e em muitas delas a tradição católica não vir de berço, a vocação cristã é empurrada para outros momentos da vida. “No caso, muitas vezes, depois de experiências acadêmicas e no mercado de trabalho”, afirma o padre Valdecir Ferreira, assessor dos ministérios ordenados e vida consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

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PERFIL
Alunos do Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo: aumento
de 45% do número de seminaristas com ensino superior

A bagagem dos seminaristas com profissão costuma ser aproveitada pela Igreja. Em Porto Alegre, por exemplo, o jornalista Darlan Schwaab, 24 anos, um dos oito do seminário São José, já foi escalado para entrevistar um padre para o departamento de comunicação local. Schwaab era repórter de cultura e gastronomia do jornal “Zero Hora” até o fim do ano passado, quando decidiu seguir uma vocação que já despontava desde pequeno. Nascido no Acre, ele vai à missa aos domingos desde 5 anos, foi coroinha e frequentou retiros vocacionais. “Mas decidi não tomar nenhuma decisão antes de me formar, para discernir melhor”, diz. Para o sacerdote José Luiz da Silva, formador do seminário Santa Cruz, em Goiânia, os jovens de agora não gostam de assumir compromissos duradouros. Ele fala isso tendo em mente os nove anos de estudos necessários para que um aluno seja ordenado padre. “Mas com o passar do tempo a nossa existência cobra isso e, assim, as vocações tardias vão aumentando”, diz.

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O pernambucano Adriano Bezerra dos Passos, 36 anos, matriculou-se neste ano no seminário paulista, mas sete anos atrás já havia iniciado um período de acompanhamento vocacional com a intenção de envergar a batina. Nesse hiato, seguiu atuando como administrador financeiro de shopping centers. Os sinais de sua vocação eram tão claros que, em seu último emprego, numa incorporadora que lhe pagava R$ 12 mil mensais como executivo comercial, os colegas o apelidaram de padre. Passos cursou economia, foi coroinha, participou de comunidades eclesiais de base e manifestou ao pai o desejo de ser sacerdote aos 12 anos. Mas foi só no ano passado, ao ver ao vivo o discurso do papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude, que decidiu mudar os rumos de sua vida. “Eu cresci no meio do povo, em comunidade, faz parte da minha formação. O papa tem o poder de fazer as pessoas se voltarem para a Igreja e eu resolvi me aproximar das dores e do sofrimento das pessoas como ele prega”, afirma.

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A decisão do pernambucano, que se candidatou para recolher o lixo no seminário, não foi surpresa para as pessoas próximas, incluindo a então namorada, com quem rompeu para amadurecer os sinais de sua vocação. Seu companheiro de casa, o médico Sarmento, ao contrário, sofreu um pouco mais. Sua então namorada, quando comunicada da decisão de seguir uma vida religiosa, achou que ele a estivesse traindo. “O que choca as pessoas não é a minha escolha, mas o que abandonei, a carreira como médico e o que poderia conquistar financeiramente”, diz. Posando para as fotos com o estetoscópio e o jaleco que trouxe para o seminário, ele completa, parafraseando o evangelista Lucas, também um médico: “No exercício da medicina, eu indicava remédios, cuidava do corpo. Aqui, eu trato as questões da alma, do espírito.”
Fotos: Kelsen Fermandes/Ag. Istoé; Marcos Nagelstein

Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/paginar/353586_MUDANCA+DE+HABITO/2