sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cardeal Cláudio Hummes fala sobre a formação dos presbíteros

O presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da CNBB, cardeal Cláudio Hummes, foi o conferencista do terceiro dia do 2º Seminário sobre a Formação Presbiteral, que é realizado em Aparecida (SP).
Em sua fala, o cardeal recordou as palavras do papa Francisco dirigidas aos bispos brasileiros durante a JMJ Rio 2013 e também destacou a sua simplicidade como pastor da Igreja.  “Tudo isso são grandes interpelações para a formação de nossos seminaristas. O papa ensina a sermos pastores. Ensina com seu exemplo e sua palavra”, disse dom Cláudio.
Citando o discurso de Francisco, o cardeal lembrou que é preciso rever a formação dos padres. “O papa faz um apelo a nós quando disse que ‘se não formarmos ministros capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de dialogar com as suas ilusões e desilusões, de recompor as suas desintegrações, o que poderemos esperar para o caminho presente e futuro?’’.
Igreja missionária
Sobre a escassez de padres, dom Cláudio observou que o crescimento dos sacerdotes não está acompanhando número dos católicos e da população. Para ele é necessário reformular a articulação pastoral no contexto atual de forma que a Igreja esteja mais próxima do povo, em estado permanente de missão.
O papa quer uma Igreja que saia “em busca dos desvalidos e dos mergulhados na miséria, na fome, no descaso, no abandono, na noite da desesperança seja material seja espiritual. Portanto, uma Igreja misericordiosa e missionária, uma Igreja próxima, capaz de aquecer os corações, como Jesus aqueceu os corações dos discípulos desesperançados de Emaús”, destacou dom Cláudio.
Ao final de sua fala, o cardeal deixou um questionamento para ser refletido pelos participantes do Seminário Nacional: “Como formar o seminarista para que não aspire a uma vida cômoda, tranquila, na futura casa paroquial, não busque o dinheiro, a boa comida, o luxo, não queira ter o melhor carro, não veja os parâmentos como enfeite do padre, mas como símbolo religioso e por isso evite paramentos esplendorosos, cheios de bijuterias, de brilhos, de rendas?”

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