quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Mensagem final do 2º Seminário sobre Formação Presbiteral

“Em nossa missão, sejamos perseverantes e não nos deixemos abater pelos desafios, pois Cristo é nossa vida e nosso guia, nossa esperança e nosso fim, nossa única referência”, afirmam os participantes do 2º Seminário Nacional sobre Formação Presbiteral, em mensagem final do encontro, ocorrido de 20 a 25 de janeiro, em Aparecida (SP). O evento, promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada e pela Organização de Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil (Osib), reuniu 232 pessoas, entre reitores de seminários, seminaristas, diretores de institutos, professores, psicólogos, padres, bispos, religiosos (as) que refletiram sobre o tema “Presbíteros segundo o coração de Jesus para o mundo de hoje” e lema “Corramos com perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2). Leia, na íntegra, a mensagem final do seminário.
MENSAGEM FINAL
DO II SEMINÁRIO NACIONAL SOBRE A FORMAÇÃO PRESBITERAL (20-25/01/2014)
“Presbíteros segundo o coração de Jesus, para o mundo de hoje”
“Corramos com perseverança com os olhos fixos em Jesus” (Hb 12, 1-2)
1. Nós, 232 participantes do II Seminário Nacional sobre a Formação Presbiteral, formadores, formandos e leigos comprometidos com a formação presbiteral em nossas Dioceses, nos reunimos aos pés de Nossa Senhora Aparecida, “Mãe do Evangelho vivente, manancial de alegria para os pequeninos” (Papa Francisco), neste momento eclesial característico, para em atitude de escuta, oração e diálogo, sondar indicações para que nossos Seminários se tornem sempre mais lugar de vida e vida plena (cf. Jo 10, 14).
2. A vocação ao ministério ordenado é dom e tarefa. Dom, pois, sua origem não está em nós mesmos. Ao início do nosso ser cristão, seminarista e presbítero, está o encontro com a Pessoa de Jesus e seu projeto: “Não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16). E é tarefa, pois, cada um é convocado a fazer crescer e frutificar o dom recebido na comunhão do presbitério. A vida se fortalece em se doando (cf. Papa Francisco. Evangelii Gaudium, n. 10).
3. Com o coração pulsante, dispostos para “o bom combate da fé” (2Tm 4,7), queremos ter sempre os “olhos fixos em Jesus” (Hb 12,2). Apressamo-nos na corrida “do certame que nos é proposto” (Hb 12,1b), até o dia em que o Senhor, por sua graça e misericórdia, nos chamar para o convívio definitivo.
4. Reconhecemos as fragilidades, as dificuldades e os desafios nossos e de nossas instituições formativas. Isto nos conscientiza de que precisamos ainda melhor qualificar o processo formativo. Dispomo-nos, como formadores, a esse ministério por amor ao Senhor, à Igreja, a nossos presbitérios e ao nosso povo. Sabemos que o testemunho de pessoas apaixonadas pelo Crucificado-Ressuscitado é fundamental neste nosso serviço. “Ele é a fonte da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para a missão que nos foi confiada” (Papa Francisco. Evangelii Gaudium, n. 278).
5. O ministério ordenado, como participação no sacerdócio de Cristo, fiel à vontade do Pai, misericordioso e solidário, só pode ser compreendido à luz da fé. Para viver generosamente esse dom, precisamos cuidar do coração, tornando-o pleno de ardor e fervor, deixando de lado tudo que atrapalha à configuração com Jesus Cristo.
6. Em nossa missão, sejamos perseverantes e não nos deixemos abater pelos desafios, pois Cristo é nossa vida e nosso guia, nossa esperança e nosso fim, nossa única referência. Como discípulos-missionários, queremos lançar-nos na missão de proclamar a “boa nova da parte de Deus” (Cf. Mc 1, 38), na alegria da “loucura da Cruz” (1Cor 1,18).
7. Na arte de formar presbíteros segundo o coração de Jesus, somos exortados a sair de nossas comodidades e autorreferências e, sem medo, ir às periferias existenciais que marcam nosso tempo. Dispomo-nos à missionariedade característica dos discípulos daquele “que passou por entre nós fazendo o bem” (At 10,38), e que “fazia bem todas as coisas” (Mc 7,36).
8. Queremos ser como Jesus: homens de vigor espiritual, pobres e zelosos no exercício da caridade pastoral. Que a intimidade com a sua Palavra viva e eficaz e com a Eucaristia, ilumine e alimente nossa vocação e nosso ministério.
9. Agradecidos por este II Seminário, invocamos a intercessão de São Luiz Gonzaga e São João Maria Vianney, padroeiros dos seminaristas e dos padres, para que possamos sempre e de novo responder ao convite do Senhor – “Vem e segue-me” (Mt 19,21) – e permanecer no seu amor (cf. Jo 15,9).

Aparecida (SP), 25 de janeiro de 2014

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