FACULDADE CATÓLICA PROMOVE SIMPÓSIO DE TEOLOGIA SOBRE O ANO SACERDOTAL

Aconteceu nos dias 18, 19 e 20 de Maio de 2010 em São Luis, o I Simpósio de Teologia promovido pela faculdade católica IESMA*, local onde os seminaristas da diocese estudam filosofia e teologia. Para a realização do evento foram convidados como assessor: Dom Sérgio, arcebispo de Teresina e Pe. Paulo Boumis, presbítero da diocese de Roma, atualmente trabalhando na diocese de Viana e professor do Instituto.
O evento teve como participantes os estudantes do IESMA, seminaristas e leigos, bem como padres das várias dioceses do Maranhão. Marcaram presença também nosso Bispo Dom Gilberto, Dom José Belisário, arcebispo de São Luis, Dom Armando, bispo de Bacabal, Dom Franco Cutter, bispo de Grajaú e Dom Ricardo, bispo de Pinheiro.
O objetivo do evento, por ocasião do Ano Sacerdotal proclamado pelo Papa Bento XVI, foi promover um estudo sobre a figura do presbítero na Igreja, iluminada pelas novas diretrizes da formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, ainda a serem publicadas, e também a partir da vida e exemplo de São João Maria Vianney, padroeiro de todos os padres.
Os dois primeiros dias do Simpósio estiveram sob a responsabilidade de Dom Sérgio. Após fazer um breve histórico do Ano Sacerdotal, demonstrou que o sacerdócio na Igreja deve ser visto como um dom para todos. Para isso, a CNBB preocupa-se com a formação dos padres. Seus documentos oficiais tem caráter normativo sobre toda a Igreja do Brasil.
Resgatando as diretrizes do Concílio Vaticano II e do Magistério posterior, Dom Sérgio apresentou o contexto a qual o presbítero de hoje é chamado a exercer o seu ministério e as novidades introduzidas pelos bispos para a formação dos presbíteros. Abordou-se também a dimensão humano-afetiva do presbítero como sendo o elemento que o torna capaz de amar e ser amado, na sua condição de celibatário consagrado a Cristo e à sua Igreja.
O terceiro e último dia do Simpósio foi dedicado a São João Maria Vianney. Padre Paulo Boumis enfatizou o contexto da Revolução Francesa em que o santo viveu e dos seus impactos na vida da Igreja naquela época. Ademais, mostrou-se a enorme dificuldade que o Cura d’Ars encontrou em sua formação presbiteral, o que não significou para ele falta de amor e dedicação pela cultura teológica exigida para o exercício do seu ministério.
Outras virtudes destacadas foram: sua pobreza evangélica, oração e penitência em favor dos pecadores que vinham até seu confessionário. Homem de seu tempo, diante daquela cultura secularizada e anticlerical, soube dar uma resposta à altura. Prova disso foi a fecundidade espiritual de seu ministério e do impacto que o mesmo tinha sobre a vida das multidões.

Sem. Paulo Roberto
4º ano de Teologia
*Instituto de Estudos Superiores do Maranhão.