domingo, 3 de novembro de 2013

Documento de Santarém, situação indígena, formação permanente são discutidos em coletiva de imprensa


Na manhã desta terça-feira, 29 de Outubro, uma coletiva de imprensa contou com a participação dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, Secretário Geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília/DF, dom Roque Paloschi, presidente do Regional Norte 1 e bispo de Roraima além de dom Gilberto Pastana de Oliveira, Bispo de Imperatriz/MA e presidente do Regional Nordeste V. O local foi a sala de imprensa do Centro de Treinamento Maromba da Arquidiocese de Manaus.

Dom Roque relembrou que este encontro faz parte de um processo gerado em 1972 com o Encontro de Santarém que apontou a forma da Igreja Católica ser encarnada, profética e missionária, armando sua tenda no meio dos povos amazônicos. “A Igreja não vive só para si, deve saber acolher e dialogar para promover e defender a vida de forma profética, tendo a plena certeza de que a vida é um dom de Deus e deve ser protegida e zelada em todos os sentidos.”

Dom Gilberto destacou a presença viva da Igreja na Amazônia através do testemunho de tantos leigos. “A Igreja aposta na formação dos presbíteros e dos leigos além de formar e fortalecer as comunidades na Amazônia.” Formar e fortalecer as comunidades eclesiais são a resposta que a Igreja tem frente aos grandes projetos e o desenvolvimento desta região, retomando com o documento de Santarém a vivência comunitária como grande força missionária neste chão.

Dom Leonardo reforçou o apoio da CNBB à Igreja na Amazônia e também da exortação do Papa Francisco, por conta da visita da presidência da CNBB ao Vaticano no início do mês. Na visita, o Papa sugeriu para que a Igreja não perca a Amazônia. “Os diversos rostos da Igreja no Brasil devem ser preservados e temos de dar uma atenção especial para a Amazônia.” A CNBB, ao formar a Comissão para Amazônia, quer dar uma atenção especial e por conta disso, ela tem sensibilizado as Igrejas particulares no Brasil para assumirem a missão na Amazônia com a presença de missionários leigos, religiosas e sacerdotes. “A Missão é uma riqueza para Igreja que recebe e para quem envia”.

Relação com o Congresso
Quando interpelado sobre se a Igreja Católica tem diálogo com a bancada evangélica ou com a ruralista, dom Leonardo foi categórico em dizer que a CNBB não quer montar bancada nenhuma no Congresso Nacional. “Nosso diálogo é com pessoas, com parlamentares que tem diálogo com a Igreja. Entretanto, ano que vem, queremos montar um grupo de discussão sobre a realidade brasileira e assim convidar alguns parlamentares em que temos diálogo.”

CIMI
Dom Roque louvou e agradeceu a Deus pelo trabalho do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), pois é um serviço de muito profetismo da Igreja e que é reconhecido pela mais alta corte deste país o Supremo Tribunal Federal que no caso da homologação da Reserva Raposa Terra do Sol, foi favorável a visão que o CIMI tinha de Reserva de forma contínua. “O CIMI se mantém pela solidariedade e pela partilha de cada um e de outros irmãos cristãos de outras igrejas aqui nesta região.”
Dom Leonardo aproveitou para deixar mais uma vez claro que o CIMI se mantém basicamente com o trabalho e adesão dos leigos, religiosos e de muitos jovens, de forma gratuita e voluntária. Alguns projetos aprovados pelo Fundo Nacional de Solidariedade (fundo da Campanha da Fraternidade) ajudam várias ações do CIMI, mas ajuda de forma pontual.

Missão Internacional
Dom Leonardo finalizou a Coletiva através de ajuda a Guiné-Bissau e Timor Leste com envio de professores de Teologia, Filosofia e de Língua Portuguesa. “Entretanto, quando a presidência contou para o Santo Padre, o mesmo questionou por que não fazer essa missão também na Amazônia. Então além de ajudar nesta missão nestes dois países estamos reforçando a missão na Amazônia”.

Edney Mendonça – equipe de comunicação
 
Fonte: Site igrejacatolicanaamazonialegal

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