
O guia litúrgico dá detalhes como o
trecho do Evangelho a ser proclamado e deve receber uma alocução do Papa
Francisco aos novos cardeais e todos os católicos. Apesar de estar
disponível só em latim, italiano e inglês, é possível acompanhar os
momentos e entender melhor a cerimônia.
Saudação, oração inicial e leitura da Palavra
O início da celebração já prefigura a
importância e o significado do momento para a Igreja. Na entrada, o
Santo Padre faz uma pausa por um momento, em oração, no Confessio,
túmulo de São Pedro. E na oração inicial, o Papa reza diretamente para
si mesmo, como um sucessor do apóstolo Pedro, para realizar bem seu
serviço a favor da Igreja e dos homens.
A leitura do Evangelho deste ano está em
Marcos 10, 32-45. O trecho descreve a tentação da busca por glórias e
honrarias por parte dos apóstolos Tiago e João e a resposta de Jesus
àqueles que desejam seguir o Seu caminho. O Papa Francisco fará uma
alocução sobre o trecho bíblico proclamado dirigido aos novos cardeais e
toda a Igreja, seguido de um momento de silêncio para reflexão pessoal.
A criação dos novos cardeais
Depois acontecem os momentos mais
marcantes da cerimônia: a menção do ato de obediência ao Papa e seus
sucessores, a imposição do barrete e solidéu cardinalício, a entrega do
anel e o anúncio do título de uma igreja de Roma a cada cardeal.
Antes disso, os novos cardeais fazem um
juramento, com palavras que carregam profundo significado espiritual e
eclesial. Diante de todos, eles proclamam sua fé com a oração do Credo e
proclamam as palavras de fidelidade. “Prometo e juro permanecer, a
partir de agora e para sempre enquanto tiver vida, fiel a Cristo e ao
seu Evangelho, constantemente obediente à Santa Apostólica Igreja
Romana”, diz um trecho.
Em seguida, chega o momento da imposição
do barrete. O Santo Padre lembrará os cardeais que o chapéu vermelho
que receberão como sinal do cardinalato significa o compromisso de
“estar prontos a agir com fortaleza, até à efusão do sangue, pelo
aumento da fé cristã, pela paz e a tranquilidade do povo de Deus e papa a
liberdade e a propagação da Santa Igreja Romana”.
Então cada cardeal, de acordo com a
ordem da criação, vão até o Sumo Pontífice e se ajoelham diante dele
para que ele possa impor o solidéu e o barrete vermelhos.
Por sua vez, a entrega do anel é
acompanhada pelas palavras: “Recebe o anel das mãos de Pedro e saiba
que, com o amor do Príncipe dos Apóstolos, se reforça o teu amor para
com a Igreja”.
O Santo Padre atribui, logo após, a cada
cardeal uma igreja em Roma, como um sinal de participação no cuidado
pastoral do Papa na cidade. Ele entrega a bula de criação cardinalícia e
o título correspondente a cada um, antes de trocar com o novo cardeal
um abraço de paz.
Todos os presentes cantam a oração do
Pai Nosso e caminham para o encerramento da celebração com a oração
final e a bênção. A intercessão de Nossa Senhora é lembrada antes de
sair com a oração cantada de Salve Rainha.
Fonte: site Arquidiocese do Rio de Janeiro
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