Acordo intitulado “Global Freedom Network” busca unir esforços para erradicar a escravidão moderna e o tráfico humano

O memorando de entendimento e a
declaração comum, que institui o acordo, contém quatro assinaturas: o
representante do Papa Francisco, chanceler das Pontifícias Academias das
Ciências e Ciências Sociais, Dom Marcelo Sánchez; o representante do
Grande Imã de Al-Azhar, Egito, Dr. Mahmoud Azab; o representante do
arcebispado anglicano de Canterbury, Reverendo Sir David John Moxon e
por parte da Walk Free Foundation, Andrew Forrest.
A declaração comum evidencia a violenta
capacidade destrutiva da escravidão moderna e do tráfico de seres
humanos e convida outras igrejas cristãs e confissões religiosas do
mundo a intervir.
“A escravidão moderna e o tráfico de
seres humanos são um crime contra a humanidade. A exploração física,
econômica e sexual de homens, mulheres e crianças condena 30 milhões de
pessoas à humilhação e à degradação. A cada dia, que continuamos a
tolerar esta situação, violamos a nossa humanidade comum e ofendemos a
consciência de todos os povos”, lê-se na declaração comum assinada.
O acordo reitera que deve ser cessada
toda forma de indiferença em relação às vítimas de exploração. Dessa
forma, convida todos os fiéis e seus líderes, todos os governos e
pessoas de boa vontade a apoiarem a iniciativa do acordo que visa
combater essas problemáticas.
Na declaração, há ainda o agradecimento a
todos aqueles que já estão empenhados nessa batalha. Apesar dos
esforços de tantas pessoas em tantos países, recorda-se que esta é uma
problemática que continua a crescer, de forma que o acordo pretende ser
um encorajamento a mais em favor da liberdade dos oprimidos.
Mecanismos
O acordo vai fazer uso dos instrumentos
da fé: a oração, o jejum e a caridade. Haverá um dia de oração pelas
vítimas e pela sua liberdade. Informa-se que todos os fiéis e pessoas de
boa vontade serão convidados a meditar e a agir sobre essa questão.
Nesse primeiro ano, todas as confissões
religiosas, bem como líderes políticos e grandes empresas, serão
convidados a promover uma fiscalização, a fim de garantir que suas
cadeias de suprimentos e investimentos excluam formas de escravidão
moderna e, se for o caso, adotem medidas corretivas.
Também estão inclusos projetos de
mobilização por parte da juventude para erradicar essa problemática,
além da conscientização, por parte das famílias, escolas, universidades e
instituições, sobre o que é a escravidão moderna e o tráfico humano bem
como as formas de denunciá-los.
O G20 também será convidado a condenar a
escravidão moderna e o tráfico de seres humanos e a adotar uma
iniciativa contra essas problemáticas, além de apoiar o já mencionado
Fundo Global.
“Este acordo marca um início e uma
promessa – as vítimas da escravidão moderna e do tráfico de seres
humanos não serão esquecidos ou ignorados: todos conhecerão a sua
história. Caminharemos com eles rumo à liberdade”, finaliza a declaração
conjunta.
O Global Freedom Network é uma
instituição aberta e outros líderes religiosos serão convidados a aderir
a esta iniciativa e apoiá-la.
Fonte: Site Canção Nova
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