sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Bispo destaca família como protagonista da educação

Dom Júlio Akamine destacou que a educação católica é bem aceita quando se entende que ela está a serviço da formação dos cidadãos.
O papel do professor e da família na formação integral dos estudantes. Este é o tema do Congresso da União Mundial dos Professores Católicos, que tem início nesta sexta-feira, 26, em Roma. Discussões como essas são sempre recorrentes tendo em vista a importância da educação para o futuro da sociedade.

E não só a família ou a escola preocupa-se com essa educação. A Igreja também está atenta a ela, tanto que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dedica uma comissão específica para tratar de assuntos relativos à educação e Cultura.

Dom Júlio Endi Akamine é integrante desta comissão, sendo o bispo referencial para a Pastoral da Educação. Ele disse que a Igreja no Brasil atua tanto na educação formal, como na familiar, na popular e em todos os âmbitos educativos, como os meios de comunicação e manifestações culturais.

“Sua preocupação (a da Igreja) pastoral se concentra especialmente nas pessoas envolvidas nos processos educativos: estudantes, professores, famílias. Assim, o foco do trabalho é, ao mesmo tempo, amplo (porque cuida da educação em todas as suas modalidades) e concentrado (foco nas pessoas)”.

Conforme destacado por Dom Júlio, vários são os agentes que atuam na educação, mas, para ele, a família desempenha o papel mais importante. Isso porque é na família que a pessoa humana é acolhida para a vida, recebendo afeto e os valores humanos e espirituais.

Esse protagonismo da família, no entanto, não exclui a importância da escola. “A escola é um auxílio valioso e imprescindível para a missão educativa da família. Esta é protagonista principal da educação. A educação formal é dada principalmente pela escola”, disse o bispo.

E como parte essencial para a formação humana, Dom Júlio disse que ainda há muito a ser feito na educação. Uma das principais urgências, segundo ele, é a necessidade de subsidiar a família em sua missão educadora. “A crise da família, a sua desagregação, as ideologias e a cultura de egoísmo e de relativismo moral ameaçam gravemente a educação”.

Professores

Para além do âmbito familiar, o bispo enfatizou como outra urgência a valorização e formação dos professores. “Sem professores dedicados e bem preparados não é possível educação de qualidade”.

Dom Júlio acredita que todos os que já passaram pela escola trazem na memória ao menos um professor que marcou suas vidas. Para ele, uma das carências de hoje é essa ausência dos professores na vida dos estudantes, o que pode se manifestar de forma objetiva ou subjetiva.

“Objetivas são a falta de reconhecimento da missão do professor, as más condições de trabalho, a remuneração minguada, o descaso dos governos em relação à educação formal. Subjetiva é a falta de identificação do professor com seu trabalho”.

Educação católica

Sobre a educação católica, Dom Júlio acredita que ela é bem aceita nas escolas quando se compreende que ela está a serviço da formação dos cidadãos do futuro, tendo como objetivo a preparação das novas gerações. “Nesse sentido, tanto a escola, a família e o governo não têm motivo para estarem fechadas à educação católica”.

E os professores católicos trabalham nessa mesma direção. Desta forma, o bispo disse que a grande contribuição do Congresso realizado em Roma é ajudar os professores católicos a perceberem que eles não estão sozinhos na missão de educar.

“Há muitos professores realmente empenhados na educação; há um verdadeiro cuidado pastoral da Igreja em relação aos professores católicos. O Congresso servirá também para incrementar a organização e a articulação dos professores católicos”, finalizou.

Fonte: site da Canção Nova

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