A partir desta quarta-feira, aqui no blog Pastor Bonus publicaremos um resumo das Catequeses semanais do Santo Padre Papa Bento XVI. As catequeses já é uma tradição dos Santos Padres que durante as quartas-feiras do ano, nos transmitem grandes ensinamentos. Deus seja louvado!!!
O Papa Bento XVI continuou
nesta quarta-feira, 6, as catequeses sobre a Profissão de Fé católica – o
Credo. Ele abordou nesta seção, a temática da criação de Deus, a imagem
do jardim do Éden, as figuras de Adão e Eva e a realidade do pecado
original, citados no livro do Gênesis.
O
Santo Padre ressaltou no início, a qualificação que o Credo faz de Deus
como “Pai Onipotente” e “Criador do céu e da terra”, frase mencionada
no livro da criação. O Papa afirma que Deus é a origem de todas as
coisas e na beleza da criação se desdobra a sua onipotência de Pai que
ama. A fé, diz o Pontífice, é a base para o reconhecimento de que o
mundo foi criado pela palavra de Deus.
“O crente pode ler o
grande livro da natureza e entender sua linguagem (cfr Sal 19,2-5); mas é
necessária a Palavra de revelação, que suscita a fé, para que o homem
possa chegar à plena consciência da realidade de Deus como Criador e
Pai”, explicou.
Ao citar o livro que trata da criação, o
Gênesis, Bento XVI, interpreta, a partir da revelação bíblica, que o
primeiro pensamento de Deus ao criar o mundo era encontrar um amor que
respondesse ao seu amor. O segundo pensamento era criar um mundo
material onde colocar este amor, estas criaturas que em liberdade lhe
responderiam.
“Mas a nossa pergunta hoje é: na época da
ciência e da técnica, ainda tem sentido falar de criação?” Questionou o
Pontífice. Segundo ele, a Bíblia não quer ser um manual de ciências
naturais; quer, em vez disso, fazer compreender a verdade autêntica e
profunda das coisas. E afirma: “a origem do ser, do mundo, a nossa
origem não é o irracional ou as nossas necessidades, mas a razão e o
amor e a liberdade.”
Bento XVI prosseguiu a catequese
refletindo sobre a imagem do barro no livro que relata a criação. “Isto
significa que não somos Deus, não nos fizemos por nós mesmos, somos
terra; mas significa também que viemos da terra boa, por obra do Criador
bom.” E segundo o Papa, o jardim do Éden diz que a realidade em que
Deus colocou o ser humano não é uma floresta selvagem, mas lugar que
protege, alimente e sustenta.
“O homem deve reconhecer o mundo
não como propriedade a ser saqueada e explorada, mas como dom do
Criador, sinal de sua vontade salvífica, dom a cultivar e proteger, de
fazer crescer e desenvolver no respeito, na harmonia, seguindo os ritmos
e a lógica, segundo o desígnio de Deus (cfr Gen 2,8-15)”, salientou.
Em
seguida, o Santo Padre explicou a figura da serpente como sendo o sinal
da tentação que objetiva levar o homem a romper a relação com Deus,
colocando no seu coração a dúvida e inimizade com o Criador.
Segundo
o Papa, a serpente levanta a suspeita de que a aliança com Deus seja
como uma prisão que une, que priva da liberdade e das coisas mais belas e
preciosas da vida. A serpente, como sinal da tentação, leva o homem a
não aceitar os seus limites de criatura e a pensar a dependência do amor
criador de Deus, como um fardo do qual deve se libertar.
Por
fim, o Santo Padre, comentando a realidade do pecado original, afirmou
que “o pecado gera pecado e todos os pecados da história estão ligados
entre si.” Segundo ele, o pecado significa perturbar ou destruir a
relação com Deus e sua essência está em colocar-se no lugar de Deus.
Bento
XVI encerrou dizendo que viver de fé significa ao homem reconhecer a
grandeza de Deus, a pequenez humana e a sua condição de criatura. A fé
ilumina o mistério do mal e traz a “certeza de que é bom ser um homem”.
Fonte: Site Canção Nova
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