Milhares
de pessoas tomaram a Praça de São Pedro, no Vaticano, ao meio-dia desse
domingo, para ver Bento XVI aparecer na janela do Palácio Apostólico e
rezar o Angelus pela última vez antes de renunciar ao pontificado no dia 28 de fevereiro.
Como no período em que foram realizados
os funerais de João Paulo II, em 2005, um forte esquema de segurança
isolou a região do Vaticano para favorecer o acesso da multidão. O Papa
apareceu, como sempre, entrou rapidamente e foi servido pelo
recém-ordenado arcebispo Georg Gänswein e já
passou à meditação, tratando nesse domingo sobre o episódio da
Transfiguração (Lc 9,28-36). O Papa lembrou que essa passagem do
evangelho lembra aos cristãos a necessidade da oração, especialmente
nesse tempo da Quaresma.
Bento XVI considerou que a passagem se
dirige a ele próprio. Deus o pede para se recolher à oração, mas isso
“não significa abandonar à Igreja”. Significa, disse o Papa, que
continuará a rezar e se dedicar à atividade que estará mais de acordo
com sua idade e condições físicas. Depois dessa meditação, procedeu à
oração do Angelus.
“Obrigado. Agradecemos a Deus pelo dia
de sol!”, disse o Papa antes de iniciar as mensagens em várias línguas.
Primeiro, francês e em seguida apresentou uma brevíssima mensagem em
outros idiomas e terminou em italiano. Quando falou em português, o Papa
agradeceu, particularmente, pela solidariedade com que as pessoas estão
acompanhando esse momento da vida dele.
O Papa rezou o Angelus cerca de 380
vezes durante os últimos 8 anos. Neste domingo, bandeiras de várias
países do mundo e cartazes com dizeres de apoio foram levados pelos
peregrinos. Na última mensagem, uma promessa: “Em oração estamos sempre
juntos, sempre próximos”.
O Papa volta a aparecer em público, pela
última vez, na quarta-feira, 27 de fevereiro, na Praça de São Pedro, na
Audiência Geral.
Fonte: site CNBB
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