Na
manhã desta terça-feira, 29 de Outubro, uma coletiva de imprensa contou com a
participação dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM, Secretário Geral da CNBB e bispo
auxiliar de Brasília/DF, dom Roque Paloschi, presidente do Regional Norte 1 e
bispo de Roraima além de dom Gilberto Pastana de Oliveira, Bispo de
Imperatriz/MA e presidente do Regional Nordeste V. O local foi a sala de
imprensa do Centro de Treinamento Maromba da Arquidiocese de Manaus.
Dom Roque relembrou que este encontro faz parte de um processo gerado em 1972 com o Encontro de Santarém que apontou a forma da Igreja Católica ser encarnada, profética e missionária, armando sua tenda no meio dos povos amazônicos. “A Igreja não vive só para si, deve saber acolher e dialogar para promover e defender a vida de forma profética, tendo a plena certeza de que a vida é um dom de Deus e deve ser protegida e zelada em todos os sentidos.”
Dom Gilberto destacou a presença
viva da Igreja na Amazônia através do testemunho de tantos leigos. “A Igreja
aposta na formação dos presbíteros e dos leigos além de formar e fortalecer as
comunidades na Amazônia.” Formar e fortalecer as comunidades eclesiais são a
resposta que a Igreja tem frente aos grandes projetos e o desenvolvimento desta
região, retomando com o documento de Santarém a vivência comunitária como
grande força missionária neste chão.
Dom Leonardo reforçou o apoio da
CNBB à Igreja na Amazônia e também da exortação do Papa Francisco, por conta da
visita da presidência da CNBB ao Vaticano no início do mês. Na visita, o Papa
sugeriu para que a Igreja não perca a Amazônia. “Os diversos rostos da Igreja
no Brasil devem ser preservados e temos de dar uma atenção especial para a
Amazônia.” A CNBB, ao formar a Comissão para Amazônia, quer dar uma atenção
especial e por conta disso, ela tem sensibilizado as Igrejas particulares no
Brasil para assumirem a missão na Amazônia com a presença de missionários
leigos, religiosas e sacerdotes. “A Missão é uma riqueza para Igreja que recebe
e para quem envia”.
Relação com o Congresso
Quando interpelado sobre se a
Igreja Católica tem diálogo com a bancada evangélica ou com a ruralista, dom
Leonardo foi categórico em dizer que a CNBB não quer montar bancada nenhuma no
Congresso Nacional. “Nosso diálogo é com pessoas, com parlamentares que tem
diálogo com a Igreja. Entretanto, ano que vem, queremos montar um grupo de
discussão sobre a realidade brasileira e assim convidar alguns parlamentares em
que temos diálogo.”
CIMI
Dom Roque louvou e agradeceu a
Deus pelo trabalho do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), pois é um
serviço de muito profetismo da Igreja e que é reconhecido pela mais alta corte
deste país o Supremo Tribunal Federal que no caso da homologação da Reserva
Raposa Terra do Sol, foi favorável a visão que o CIMI tinha de Reserva de forma
contínua. “O CIMI se mantém pela solidariedade e pela partilha de cada um e de
outros irmãos cristãos de outras igrejas aqui nesta região.”
Dom Leonardo aproveitou para
deixar mais uma vez claro que o CIMI se mantém basicamente com o trabalho e
adesão dos leigos, religiosos e de muitos jovens, de forma gratuita e voluntária.
Alguns projetos aprovados pelo Fundo Nacional de Solidariedade (fundo da
Campanha da Fraternidade) ajudam várias ações do CIMI, mas ajuda de forma
pontual.
Missão Internacional
Dom Leonardo finalizou a Coletiva
através de ajuda a Guiné-Bissau e Timor Leste com envio de professores de
Teologia, Filosofia e de Língua Portuguesa. “Entretanto, quando a presidência
contou para o Santo Padre, o mesmo questionou por que não fazer essa missão
também na Amazônia. Então além de ajudar nesta missão nestes dois países
estamos reforçando a missão na Amazônia”.
Edney Mendonça – equipe de
comunicação
Fonte: Site igrejacatolicanaamazonialegal
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