Cerca
de mil e seiscentos pessoas entre bispos, catequistas, agentes de
pastoral, docentes e especialistas de 51 países participaram, no
Vaticano, do Congresso Internacional de Catequese, ocorrido de 26 a 28
de setembro. Do Brasil esteve presente uma delegação com 50 pessoas,
entre elas o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação
Bíblico-Catequética, dom Jacinto Bergmann.
A abertura do encontro foi presidida
pelo secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova
Evangelização, dom Octavio Ruiz Arenas. Em entrevista à Rádio Vaticana,
dom Ruiz explicou que o objetivo do congresso, que teve como tema O
catequistas, testemunha da fé, foi “renovar e relançar o desejo de
conhecer melhor o Catecismo da Igreja Católica”. Segundo o bispo, os
participantes aprofundaram, especialmente, a primeira parte do
Catecismo. “Esse Congresso quer assim aprofundar, sobretudo, aquilo que
se encontra na primeira parte: todo o mistério da revelação de Deus,
oferecido pela verdade que o Senhor nos dá para a salvação e a nossa
resposta. Há também a necessidade de transmitir a fé com 'fidelidade'”,
disse.
Já o presidente do mesmo Pontifício
Conselho, dom Rino Fisichella, falou sobre a catequese no contexto da
nova evangelização. Lembrou que, a partir das atuais necessidades, a
Igreja é chamada a evangelizar em várias realidades e contextos
diferentes, considerando-se a rapidez das informações, o domínio da
técnica, o analfabetismo religioso, entre outros. Ressaltou, ainda, que a
catequese marca um momento central da História da Igreja. Para o bispo,
a catequese não só faz os cristãos, mas ajuda os fiéis a aprofundar a
própria identidade.
Os participantes encontram-se com o papa
Francisco, que lhes agradeceu pelo serviço prestado “à Igreja e na
Igreja”. Para o papa, “a catequese é um pilar para a educação da fé”.
Lembrou ainda, em seu discurso, que é
preciso ser catequista e não trabalhar como catequistas. “Ser
catequista, essa é a vocação; não trabalhar como catequista. Vejam bem,
não disse 'trabalhar como catequista, mas sê-lo', porque envolve a vida.
E assim se conduz ao encontro com Jesus com as palavras e com a vida,
com o testemunho", ressaltou.
O pontífice falou também sobre a
criatividade. Disse que os catequistas não devem ter medo de sair dos
próprios esquemas. “Quando permanecemos fechados em nossos esquemas,
nossos grupos, nossas paróquias, nossos movimentos ocorre o que acontece
a uma pessoa fechada em seu quarto: adoecemos”, explicou.
Ao final, afirmou que a certeza que deve
acompanhar todo catequista é a de Jesus os precede. “Quando pensamos ir
longe, a uma periferia extrema, Jesus está lá”, concluiu.
Fonte: site CNBB
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