A homilia do Papa Francisco nesta
terça-feira, 22, na Casa Santa Marta, desenvolveu-se a partir de termos
como contemplação, proximidade e abundância para compreender o mistério
de Deus. O Santo Padre explicou que não se pode entendê-lo somente com a
inteligência e que o grande “desafio” do Pai Celeste é inserir-se na
vida humana para curar as chagas do homem, como fez Jesus.
Partindo da Primeira Leitura do dia, ele
explicou que quando a Igreja quer dizer algo sobre o mistério de Deus
usa somente uma palavra: “maravilhoso”. “Contemplar o mistério, isto que
Paulo nos diz aqui, sobre nossa salvação, sobre nossa redenção, somente
se entende de joelhos, na contemplação. Não somente com a inteligência.
Quando a inteligência quer explicar um mistério sempre se torna
louca!”.
A proximidade também ajuda, segundo
Francisco, a entrar no mistério de Deus. Ele lembrou como Deus está
próximo ao homem, desde o primeiro momento até imergir-se na vida humana
através de seu Filho Jesus.
“Pra mim, vem a imagem da enfermeira em
um hospital: cura as nossas feridas uma a uma, mas com as suas mãos.
Deus se envolve, coloca-se nas nossas misérias, aproxima-se das nossas
chagas e as cura com as suas mãos (…) Deus não nos salva somente por um
decreto, uma lei; salva-nos com ternura, com carícias, salva-nos com a
sua vida, por nós”.
Quanto à terceira palavra – abundância –
o Pontífice disse que onde há abundância de pecado há superabundância
de graça. Lembrando que os homens têm os seus pecados, ele explicou que o
“desafio” de Deus é vencer isto, curando as chagas, como fez Jesus.
“A graça de Deus sempre vence, porque é
Ele mesmo que se doa, que se aproxima, que nos acaricia, que nos cura
(…) Este mistério não é fácil de entender, não se entende bem somente
com a inteligência. Somente, talvez nos ajudarão estas palavras:
contemplação, proximidade e abundância”.
Fonte: Canção Nova
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